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Coluna | Em Curitiba, quem será vice do Ducci?

Articulação do PT para concorrer à prefeitura de São Paulo pode respingar em Curitiba

Curitiba (PR) |
Ducci encontra desconfiança dentro de alas petistas e de movimentos sociais - Reprodução Instagram

A eleição paulistana deu uma movimentada com a saída da ex-nova petista Marta Suplicy da gestão de Ricardo Nunes (MDB). Ela vai se tornar vice na chapa de Boulos (PSOL). A articulação, feita com a participação do presidente Lula, faz com que o PT paulistano não indique a cabeça pela primeira vez em muitas eleições. O cenário demonstra que o partido está mais preocupado em ser governo, aliando-se a forças locais, do que disputar a qualquer custo a cadeira de prefeito.

E a articulação de lá pode respingar cá, em Curitiba. Desde o ano passado, a Federação formada por PT e PSB tem debatido a indicação de uma candidatura conjunta. Algo que já aconteceu na capital paranaense, quando Fruet foi o nome da vez, sendo a vice entregue a Miriam Gonçalves.

Depois disso, o PT local errou algumas vezes. O maior equívoco foi não indicar o então deputado estadual Tadeu Veneri para disputar o Palácio Rio Branco.

Desta vez, o partido parece propenso  a apoiar um nome que tem "envergadura eleitoral". Neste caso, o ex-prefeito e atual deputado federal Luciano Ducci. Com boa entrada em setores conservadores e na classe média, ele aparece líder ou em segundo lugar em algumas pesquisas. Mas encontra desconfiança dentro de alas petistas e de movimentos sociais. Para isso, precisa de um (ou uma) vice que tranquilize  a militância.

Dois ou três nomes despontam para isso. O primeiro é do deputado estadual Goura (PDT). Ele ficou em segundo na última disputa e tem boa base eleitoral. O partido de Goura, inclusive, já declarou apoio a Boulos em São Paulo. Mas, aqui, para o PDT apoiar Ducci, teria que abrir mão da cabeça de chapa e até de uma possível vice.

No campo petista, um nome cotado é da deputada federal Carol Dartora. Fenômeno eleitoral e capaz de arrastar movimentos sociais, principalmente mulheres e pretos, ela poderia dar força a Ducci. Contudo, atualmente, ela se coloca como pré-candidata do partido a disputar a eleição e na cabeça de chapa.

Outros nomes podem surgir dentro do campo petista como a vereadora experiente Professora Josete. Ela que, lá trás, enfrentava Ducci.

O certo é, no campo da esquerda, a construção de uma chapa unificada parece mais próximo do que a luta de punhal das diversas candidaturas de direita e extrema direita que se apresentam

Edição: Lia Bianchini