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Coluna | Vivendo a história no presente

Eventos ocorridos em 2023, como a tentativa de golpe de Estado por parte dos bolsonaristas, já são marca na História

Curitiba (PR) |
Em 8 de janeiro de 2023, os extremistas do bem estavam dispostos a tudo - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

8 de janeiro de 2024. Sim, você está vivendo a história, assim como viveu há um ano. Os eventos ocorridos em 2023, com a tentativa de golpe de Estado por parte dos bolsonaristas, e a resistência das instituições, já são uma marca das páginas de história, política, sociologia e muito mais do Brasil. Serão contados daqui 10 anos, 20, meio século e muito mais. E você vivenciou isso. Viveu uma quebra de "paradigma" de um país que adora dar golpes.

A história que você "desfruta" agora foi vivenciada por você mesmo, se tem mais de 60 anos e viveu o Golpe Militar de 1964. Ou foi vivida por seus pais e avós que viram outros golpes, como de Getúlio Vargas, da Revolução Constitucionalista de 1932 e a própria fundação da República.

O Brasil tem essa peculiaridade: fazer Revolução sem dar um tiro. Ou matar muita gente em nome da liberdade. E 8 de janeiro de 2023, essa data que você viveu, houve muito quebra quebra por parte dos radicais que não aceitavam o resultado das urnas, mas não houve matança, pois quem assumia o poder acreditava no poder da política e da negociação.

Por outro lado, se o destino da nação fosse outro, é certo que aqueles que tomavam o poder iriam usar ainda mais de violência para eliminar os "perigosos" inimigos que ousaram assumir o governo a partir das urnas. Recados e sinais haviam sido dados: armas em punho pelas ruas, granadas contra polícia, barricadas em frente a quartéis, tentativa de explodir caminhão de gasolina. Os extremistas do bem estavam dispostos a tudo.

E agora, um ano depois, você que vivencia a história pode refletir (ou mais tarde) sobre tudo o que aconteceu e vem acontecendo: pandemia, mortes, pobreza, violência institucional no passado. E, agora, ser político da história, pode celebrar com a bandeira do seus país, ou escondê-la, uma vez que sua vontade não se concretizou.

Edição: Lia Bianchini