Sob o véu do segredo de justiça, o deputado Ademar Traiano (PSD), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), está sendo blindado em caso que SUPOSTAMENTE teria pedido propina para renovar serviço de TV na Assembleia Legislativa. O assunto caiu como uma bomba na política paranaense, mas uma liminar do Tribunal de Justiça impede que os cidadãos saibam que Traiano e Plauto Miró pediram propina.
O esquema foi comentado pelo deputado federal Tadeu Veneri. “Proibir a publicação de temas de interesse público não é a melhor resposta para esta acusação de corrupção. Nosso mandato espera que seja revertida a decisão judicial de retirar dos sites e redes sociais”.
Em igual defesa da liberdade de imprensa e apuração, o Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor) repudia a decisão que blinda os acusados. “A decisão da magistrada Giani Maria Moreschi antidemocrática e um ataque violento à Constituição, que garante o exercício profissional do jornalista bem como sua liberdade de expressão. Também classificamos a decisão como arbitrária e digna dos momentos mais cruéis da ditadura militar e que proporciona um cenário perigoso para quem busca, dentro do que está posto na lei, o dever de informar à população de forma imparcial e seguindo os preceitos do bom jornalismo”.
Já Traiano deve esclarecimentos e transparência no caso. Não se esconder em uma decisão favorável. “Com muita serenidade, quero informá-los que, devido às notícias veiculadas neste final de semana, digo a todos vocês que não farei nenhum pronunciamento, não darei entrevista, pois este tema está em segredo de Justiça”.
Já na Alep, o que se esperaria era o pedido de afastamento do presidente até a conclusão dessa investigação. Mas não dá para esperar muito da base de Ratinho Junior (PSD) que, no próximo dia 15 de dezembro, prestará homenagem a outro investigado da justiça, o ex-presidente Bolsonaro.
Edição: Lia Bianchini