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Paranaenses têm direito a saber de supostos esquemas de Traiano

Presidente da Alep está sendo blindado em caso que supostamente teria pedido propina 

Curitiba (PR) |
"Não farei nenhum pronunciamento, não darei entrevista, pois este tema está em segredo de Justiça”, afirmou Traiano
"Não farei nenhum pronunciamento, não darei entrevista, pois este tema está em segredo de Justiça”, afirmou Traiano - Sandro Nascimento/Alep

Sob o véu do segredo de justiça, o deputado Ademar Traiano (PSD), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), está sendo blindado em caso que SUPOSTAMENTE teria pedido propina para renovar serviço de TV na Assembleia Legislativa. O assunto caiu como uma bomba na política paranaense, mas uma liminar do Tribunal de Justiça impede que os cidadãos saibam que Traiano e Plauto Miró pediram propina.

O esquema foi comentado pelo deputado federal Tadeu Veneri. “Proibir a publicação de temas de interesse público não é a melhor resposta para esta acusação de corrupção. Nosso mandato espera que seja revertida a decisão judicial de retirar dos sites e redes sociais”.

Em igual defesa da liberdade de imprensa e apuração, o Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor) repudia a decisão que blinda os acusados. “A decisão da magistrada Giani Maria Moreschi antidemocrática e um ataque violento à Constituição, que garante o exercício profissional do jornalista bem como sua liberdade de expressão. Também classificamos a decisão como arbitrária e digna dos momentos mais cruéis da ditadura militar e que proporciona um cenário perigoso para quem busca, dentro do que está posto na lei, o dever de informar à população de forma imparcial e seguindo os preceitos do bom jornalismo”.

Já Traiano deve esclarecimentos e transparência no caso. Não se esconder em uma decisão favorável. “Com muita serenidade, quero informá-los que, devido às notícias veiculadas neste final de semana, digo a todos vocês que não farei nenhum pronunciamento, não darei entrevista, pois este tema está em segredo de Justiça”.  

Já na Alep, o que se esperaria era o pedido de afastamento do presidente até a conclusão dessa investigação. Mas não dá para esperar muito da base de Ratinho Junior (PSD) que, no próximo dia 15 de dezembro, prestará homenagem a outro investigado da justiça, o ex-presidente Bolsonaro.

Edição: Lia Bianchini