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EDITORIAL PARANÁ

EDITORIAL 320. O Procurador-Geral da República que não procurava e não via

Não atuou contra o responsável pelo genocídio de mais de 700 mil pessoas que morreram na pandemia

Curitiba (PR) |
Se o pior cego é o que não quer ver, Aras passará à posteridade como o procurador que não procurava - Sérgio Lima

Terminou na terça (26), o mandato do provável pior Procurador-Geral da República, Augusto Aras. A competição pelo título é grande com nomes como Geraldo Brindeiro, no governo Fernando Henrique , conhecido como “engavetador geral” da República porque nenhum processo contra o ex-presidente andava.
Não dá para esquecer Antonio Fernando de Souza, que tomou o partido dos acusadores da primeira tentativa de derrubar Lula, o chamado “Mensalão”. Sem contar Rodrigo Janot, que apoiou as atrocidades cometidas pela operação Lava Jato, e não viu as ações consideradas parciais pelo Supremo Tribunal Federal.
O que leva Aras ao título é que o procurador é o único que pode propor ações contra o presidente da República. E ele não fez nada contra o pior presidente da história recente. Não atuou contra o responsável pelo genocídio de mais de 700 mil pessoas que morreram na pandemia de Covid-19, não fez nada na pregação contra as eleições e as urnas eletrônicas de Bolsonaro, não viu o contrabando de joias, não fez nada contra os acampamentos golpistas ou a tentativa de golpe de janeiro deste ano.
Se o pior cego é o que não quer ver, Aras passará à posteridade como o procurador que não procurava e não via os crimes cometidos diante de seus olhos.

Edição: Pedro Carrano