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Felipão bota Athletico em duas quartas-de-final e entre os melhores do Brasileirão

Aproveitamento de Scolari no comando do Athletico Paranaense é de 75% em 19 jogos

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Com fama de ser um treinador com características mais defensivas, Scolari vem surpreendendo fazendo o Athletico ser decisivo no ataque - José Tramontin

Luis Felipe Scolari chegou ao Athletico após a demissão rápida de Fábio Carille, em maio deste ano. De lá para cá, foram dois meses, 19 jogos, duas derrotas, 13 vitórias e quatro empates. 

Felipão ainda conseguiu classificar o Rubro-Negro da Baixada para as quartas-de-final da Libertadores, depois de 17 anos, além de botar o clube entre os seis melhores do Brasileirão. Na Copa do Brasil, o Furacão também se classificou pelo terceiro ano seguido para as quartas.   

Nos últimos 30 anos, o futebol brasileiro não pode ser analisado sem notar o trabalho do gaúcho. Desde 1991, foram dois campeonatos brasileiros, uma Libertadores, quatro Copas do Brasil, uma Copa das Confederações, além da Copa do Mundo de 2002, sem contar a invejável passagem pela Seleção de Portugal, com uma semifinal de Copa em 2006 e uma final inédita da Eurocopa em 2004. 

No entanto, desde o fatídico 7x1, no Mundial de 2014, Scolari vinha sendo chamado de “ultrapassado” por parte da crônica esportiva brasileira. De oito anos para cá, conquistou um brasileiro pelo Palmeiras em 2018 e teve uma boa passagem pelo futebol chinês. 

Com demissões acumuladas no Cruzeiro e Grêmio, o Athletico Paranaense acabou virando uma chance de redenção.  

Com fama de ser um treinador com características mais defensivas, Scolari vem surpreendendo fazendo o Athletico ser decisivo no ataque. Jogadores antes contestados pela torcida, como o caso do atacante Pablo, vêm fazendo as pazes com o gol. No geral, o Furacãofez 36 gols, tendo uma média de 2 por partida.  

O otimismo com a boa fase do clube também vem mudando um tipo de mentalidade que era muito característica no CT do Caju, sobretudo após as passagens de Paulo Autuori, e reafirmado com a rápida passagem de Fábio Carille: a de saber sofrer. 

Durante a coletiva de imprensa, após vencer o Bahia pela Copa do Brasil, Felipão destacou a mudança de mentalidade que vem implementando desde sua chegada. "O gol acontece pelo trabalho diário que eles fazem. Pelas repetições. Não tem acontecido mais porque ainda falta alguma conexãozinha nessa hora. São números que o Athletico vem alcançando graças a estes jogadores. Vamos ver se continuamos assim", disse. 

 

 

Edição: Lia Bianchini