O Ministério da Educação é um dos mais agredidos, desde o início do governo Bolsonaro. Depois de Vélez Rodríguez, Weintraub e Decotelli – todos envolvidos em polêmicas –, quem assumiu a pasta foi o pastor presbiteriano Milton Ribeiro.
Nesta semana, foram divulgados áudios do ministro se comprometendo em priorizar a liberação de recursos para prefeituras ligadas a religiosos evangélicos, a pedido de Bolsonaro. Trata-se dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. A frase de Ribeiro já entrou para a história dos escândalos políticos do Brasil: “atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar".
Além de pastor e teólogo, o ministro é também ligado à administração de entidades confessionais da Igreja Presbiteriana do Brasil, como a Universidade Mackenzie, da qual já foi reitor. Um homem que vê a educação como mercadoria, portanto.
O episódio desta semana escancara o poder paralelo existente no MEC. A direção dos recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) deveria servir à nação e não aos interesses particulares de seitas religiosas, que se propõem a doutrinar a juventude brasileira.
No ano do centenário de Darcy Ribeiro, ministro da educação em 1962, quanto desgosto causa ver a atual situação do MEC! Demissão imediata e punição exemplar é o mínimo que se espera.
Edição: Pedro Carrano