Enquanto em países como a Inglaterra inicia-se um calendário de vacinação em massa da população para imunização contra Covid-19, o governo Bolsonaro e o Ministério da Saúde, dirigido pelo general Eduardo Pazuello, confundem a população com um posicionamento anticientífico, sem lastro na realidade, ao rejeitar vacinas produzidas.
Não precisamos reforçar aqui a gravidade do quadro de Covid-19 e o número de 1.559.092 mortes no mundo. A Rússia anunciou que pretende vacinar dois milhões de cidadãos até o fim de dezembro. Portugal, Alemanha, França e Argentina têm plano para iniciar a vacinação.
No Brasil, porém, Bolsonaro atrasa, provoca disputas pequenas e prejudica o papel que institutos como Butantan podem ter no momento. Este último desenvolve a CoronaVac, vacina em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Tanto que governos estaduais querem negociar diretamente com o Butantan. Já Bolsonaro comete um atentado à capacidade nacional de produção de tecnologia.
“O país necessita de um plano sólido, abrangente, que contemple todas as vacinas que consigam registro na Anvisa, sem qualquer tipo de discriminação. E que permita, ao longo do ano de 2021, garantir a vacinação para toda a população brasileira”, afirma documento assinado inclusive por ex-ministros da Saúde de Bolsonaro.
Edição: Lia Bianchini