Paraná

SERVIÇO PÚBLICO

Quando procurar uma UPA, um posto de saúde ou hospital?

Muitas pessoas sentem dúvida de onde procurar ajuda médica quando passa mal ou se acidenta

Curitiba (PR) |
Saber o local mais adequado para atendimento médico é fundamental para que se evite um maior tempo de espera nas filas para aguardar a consulta ou até mesmo o deslocamento desnecessário - ©️Tarso Sarraf / AFP

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de saúde do mundo, atendendo mais de 190 milhões de usuários no Brasil.

Na prática, pode-se dizer que 100% dos brasileiros utiliza, utilizou ou utilizará os serviços do SUS, pois ele não se limita aos tratamentos de saúde, mas também à vacinação, à doação e transplante de órgãos, à atuação da Vigilância Sanitária, à Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses, entre outros, que fazem parte da rotina da população.

Muitas pessoas sentem dúvida de onde procurar ajuda médica quando passa mal ou se acidenta, por exemplo. Quando se trata da assistência à saúde, é preciso entender que o SUS está organizado em diferentes níveis de atenção, indicando quando procurar cada local para a necessidade de atendimento, se uma UBS ou UPA, por exemplo. Confira abaixo:

Unidade Básicas de Saúde (UBS)

O famoso postinho, as UBS’s fazem parte da Atenção Primária à Saúde, pois é lá que você deve ir em casos de diarreia, vômitos, sintomas de gripe, tonturas, conjuntivite, dor de ouvido ou garganta e mal-estar no geral.

Também nas Unidades de Saúde são realizadas as ações de promoção, prevenção e tratamento relacionadas à saúde da mulher, da criança, planejamento familiar, pré-natal, cuidado de doenças crônicas como diabete e hipertensão e tratamento e acompanhamento de infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Em Curitiba existem 109 Unidades Saúde distribuídas pelas dez regionais, que funcionam de segunda a sexta, das 8h às 17h. Nelas, a população pode consultar além dos médicos e enfermeiros, também com dentistas — com exceção da unidade Mãe Curitibana. Além disso, pode contar com o atendimento dos médicos especialistas como fisioterapeuta, farmacêutico, nutricionista, psicólogo ou fonoaudiólogo. 

Unidade de Pronto Atendimento (UPA)

As UPAs fazem parte da Atenção Secundária e funcionam 24 horas, uma vez que o atendimento prestado pelas equipes é de urgência e emergência.

Por isso, é importante que as pessoas se atentem a procurar as Unidades de Pronto Atendimento em casos mais graves, como dores fortes no peito, falta de ar intensa, suspeita de infarto ou derrame, febre acima de 39 graus, convulsão e fraturas com pouco sangramento, por exemplo.

Urgência e emergência, apesar de semelhantes, não significam a mesma coisa. Por isso, a equipe de enfermagem avalia o grau de risco do paciente, priorizando o atendimento emergencial.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), está ligado diretamente à UPA. Quando o paciente não consegue se deslocar até a unidade mais próxima, deve ligar 192 e aguardar as orientações dos profissionais.

Hospital

São nos hospitais que são atendidos os pacientes mais graves ou que necessitam de tratamento hospitalar clínico ou cirúrgico.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, os pacientes com sintomas de infarto agudo (forte dor no peito) ou AVC (paralisação de braço ou perna, dificuldade para falar ou desvio da boca) devem procurar, primeiramente, as UPAs.

Caso haja necessidade, serão encaminhados para os hospitais. Já aqueles em crise psiquiátrica ou em abstinência e/ou uso abusivo de álcool e drogas devem procurar prioritariamente os Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou, em caso de apresentar sintomas clínicos associados, também a UPA.

As vítimas de trauma, normalmente resultado de acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, quedas ou violências, devem procurar diretamente os prontos-socorros do Hospital do Trabalhador, Hospital Evangélico ou Hospital Cajuru.

Saber o local mais adequado para atendimento médico é fundamental para que se evite um maior tempo de espera nas filas para aguardar a consulta ou até mesmo o deslocamento desnecessário por parte do paciente.

Edição: Pedro Carrano