Maior edição da história das Copas, com recordes de audiência televisiva e na internet, a Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia terá uma final inédita, no próximo domingo, 20, às 7h da manhã (horário de Brasília), entre Espanha e Inglaterra. Ambas as seleções jamais venceram a Copa de mulheres, e chegam à decisão desbancando nas semifinais as seleções da Suécia e a anfitriã, Austrália, derrotada por 3 a 1 pelas inglesas.
A Espanha foi a primeira a se classificar, ao derrotar as suecas com um gol aos 45 minutos do segundo tempo de Olga Carmona. As espanholas têm como destaque a meia-campista do Barcelona, e atual melhor jogadora do Mundo, Alexia Putellas. O país também vem apostando no fortalecimento da liga local e das seleções de base, tendo, por exemplo, o Barcelona como atual campeão europeu, como base da seleção. Esta é apenas a terceira edição que a Espanha disputa. Tendo começado sua participação em Mundiais, em 2015, no Canadá. Na primeira, caiu no mesmo grupo do Brasil e terminou em último lugar, atrás da Coreia do Sul e Costa Rica. Em 2019, no Mundial da França, chegou a avançar às oitavas, mas parou nas estadunidenses, que acabaram vencendo a competição.
Do outro lado, as inglesas também fizeram história, ao vencer as donas da casa por 3 a 1, desbancando a genial Sam Kerr, que chegou a fazer o gol das australianas, e silenciando o estádio Olímpico de Sydney, que recebeu mais de 75 mil pessoas. As “lioneses” vêm de dois títulos seguidos em pouco mais de um ano. Venceram a Eurocopa Feminina e a Finalíssima Europa-América do Sul, contra o Brasil. Assim como a Espanha, a Inglaterra também passa por um projeto de fortalecimento de sua liga, com amplos investimentos das equipes no futebol feminino.
Com mais tradição que a Espanha em Copas, as inglesas têm presença garantida, conseguindo em todas as participações avançar de fase: quartas em 1995, 2007 e 2011, semi em 2015 e em 2019, e agora decisão. Inglesas ou espanholas se juntarão após o apito final no domingo aos Estados Unidos, maior campeão da competição, com quatro títulos, além de Alemanha, bicampeã, Japão e Noruega, cada seleção com um título.
Edição: Frédi Vasconcelos
