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Após eliminação precoce na Copa, destino da Seleção Feminina é incerto

Técnica viajou para Suécia após a eliminação e desagradou a CBF, que vê falhas no trabalho

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Técnica Pia Sundhage está com cargo ameaçado - Thais Magalhães_CBF

Depois de um ciclo de renovação na Seleção Brasileira Feminina, a eliminação na primeira fase da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, após apenas uma vítória na primeira fase, foi um banho de água gelada no trabalho da técnica sueca Pia Sundhage. A eliminação melancólica, com um empate por 0 a 0 com uma Jamaica que havia feito “vaquinha” para participar do torneio, teve uma pitada maior de drama por ter sido o último jogo da meia-campista Marta em copas do mundo. A maior jogadora de futebol feminino da história acabou não conseguindo erguer um título mundial.

Com a queda da seleção, o trabalho de Pia começou a ser contestado pela imprensa e pela CBF, que detectou falhas no trabalho da treinadora, o que pode selar a demissão de Sundhage. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, deve ser reunir com a treinadora nos próximos dias, já que seu contrato vai até o final dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Um dos fatos que desagradou o comando da entidade, além da falta de diálogo entre a comissão técnica de Pia e a supervisão da seleção ocupada por Ana Lorena Marche, foi a falta do envio de observadores para analisar jogos do Panamá e da Jamaica, baseado na crença de que o Brasil passaria de fase. Além da suposta falta de organização para a Copa, o fato de Pia ter viajado sem ter organizado uma transição para o início do ciclo pré-Olímpico.

A CBF ainda não fala abertamente em nomes para suceder Pia, que na entrevista coletiva pós jogo contra Jamaica apenas se limitou a declarar que o “contrato se encerra no dia 30 de agosto do ano que vem”. A própria CBF, que ao final da partida publicou uma nota afirmando que iria intensificar o investimento no futebol feminino, não mencionou a continuidade do trabalho de Pia Sundhage. Os nomes da ex-treinadora da Seleção e atual técnica do Peru, Emily Lima, e o treinador do Corinthians Feminino, Arthur Elias, foram ventilados pela imprensa.

Edição: Frédi Vasconcelos