Paraná

Educação na pandemia

Escolas estaduais do Paraná enfrentam surto de Covid-19 mesmo sem aulas presenciais

Na região de Maringá, educadores de 9 escolas foram contaminados após treinamento presencial

via APP-Sindicato |
Aulas presenciais no estado voltam no dia 1º de março - Gerson Klaina

Na última quinta-feira (19), a direção estadual da APP-Sindicato identificou, somente na região de Maringá – noroeste do Paraná – ao menos nove escolas que passarão os próximos 14 dias fechadas em quarentena. Isso porque educadores foram contaminados pelo coronavírus após a realização de encontros da Semana Pedagógica de forma presencial.

“É lamentável. É um atentado à vida. Se isso aconteceu desta forma com a presença de professores e funcionários, imagina quando estiverem os estudantes circulando?”, questiona o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.

Desde o ano passado, a APP-Sindicato denuncia que o governo obriga professores e funcionários a permanecerem no ambiente escolar durante a pandemia. Os relatos são de falta de cuidados, produtos e equipamentos básicos, como sabonetes, álcool em gel, máscaras até falta de treinamentos para os funcionários que fazem a limpeza.

“O governador e o secretário parecem desconhecer a realidade das escolas públicas e do que é a dinâmica de uma escola repleta de estudantes. As aulas presenciais, neste momento onde a vacinação não chegou à grande maioria da população, é um atentado à vida. O governo do Paraná está levando nossos professores, funcionários e estudantes para um caminho que pode resultar em inúmeras mortes. Isso é grave, é desumano”, reforça o presidente da APP.

Diante da gravidade da situação, a APP-Sindicato orienta que a comunidade escolar organize a sua participação na greve que começa no dia 1º de março, quando está previsto o retorno presencial com estudantes. Conforme definido em assembleia, a paralisação será nas atividades presenciais, mantendo as aulas online. O Sindicato também defende que funcionários e equipes diretivas e pedagógicas possam realizar as atividades de maneira online.

Brasil de Fato Paraná procurou a Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná (Seed), mas, até a publicação, não obteve resposta. O espaço mantém-se aberto para posicionamento oficial.  

Edição: Lia Bianchini