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Copel aumenta lucro líquido enquanto reduz investimentos

Empresa pretende remunerar ainda mais seus acionistas e garantir reajustes tarifários

Curitiba (PR) |
Governador Ratinho Junior (PSD), em evento de privatização da Copel Telecom - Rodrigo Félix Leal/AEN

O presidente da Copel, Daniel Slaviero Pimentel, reuniu-se com os acionistas da empresa para apresentar a nova fórmula de divisão dos lucros da companhia. Mais do que isso, mostrou que a Copel aumentou seu lucro líquido enquanto reduziu seus investimentos.

De acordo com a apresentação, o Lucro Líquido do Período saltou de R$ 1,4 bi em 2018 para R$ 2 bilhões em 2019 e chegou a R$ 2,7 bilhões em apenas nove meses de 2020. Portanto, sem computar o resultado dos últimos três meses.

Por outro lado, os investimentos caíram pela metade em dois anos. Em 2018, enquanto o fluxo de investimentos chegou a ordem de R$ 2,1 bilhões, em 2020 caiu para R$ 1,1 bilhão até setembro.

“Nós tivemos um ano excepcional em 2020 e temos uma convicção absoluta de crescimento em 2021. É mais um passo na busca de eficiência e busca de valor para os acionistas. A administração trabalha para valorizar os acionistas, os copelianos, a sociedade e o meio ambiente”, listou o presidente.

Para o presidente do Sindicato dos Engenheiros - Senge-PR, Leandro Grassmann, as conferência de resultados e informes aos acionistas são um prato cheio para demonstrar que a política da companhia é gerar mais lucro, mesmo que tenha que abrir mão de ativos rentáveis como a Copel Telecom. “O passado nos mostra que a prioridade é lucros elevados e remuneração de acionistas. Preocupa-nos a possibilidade de dissolver os recursos da Telecom para a mesma finalidade e não investir na Copel em Geração, Transmissão e Distribuição como havia sido prometido pelo Governador e pelo Presidente Daniel”, comparou Grasmann ao comentar a queda dos investimentos.

Garantia de reajuste

Após o impasse com relação ao reajuste da tarifa da Sanepar, a Copel quis garantir ao mercado a garantia dos reajustes tarifários de energia elétrica. Segundo a empresa, o foco é garantir que o atual dispositivo estatutário que obriga a aplicação integral de reajustes tarifários, homologados pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, não possa ser alterado ou excluído sem que haja a aprovação da maioria dos acionistas detentores de ações preferenciais”.

Edição: Lia Bianchini