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Coluna do Paraná Clube | Festa da injustiça

Na hora de o poder público fazer a sua parte e mostrar que não vai tolerar violência, o que temos é a impunidade

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Morte de presidente de torcida completa um ano sem que culpados sejam apontados - Arte: Vanda Moraes

No dia 1° de agosto, a morte do então presidente da Torcida Fúria Independente, Mauro Urbim, o Maurinho, completou um ano. Embora o inquérito policial tenha concluído que a morte aconteceu após o torcedor ser pisoteado por um cavalo da Polícia Militar, até o presente momento ninguém respondeu ou responde pelo ocorrido. 

É lamentável a lentidão do Ministério Público com relação à elucidação desse caso. Assistimos a muitas campanhas pedindo paz no futebol, e elas devem continuar. No entanto, na hora de o poder público fazer a sua parte e mostrar que não vai tolerar violência vinda de nenhum lado, o que temos é o silêncio e a impunidade. 

Impossível não associar essa omissão diante do caso Maurinho com a bandeira que parte do judiciário levanta contra as torcidas organizadas. É triste, mas, no país do futebol, em plena era do reconhecimento facial, tem gente que ainda acredita que o fim da violência no futebol virá com a “simples” decisão de acabar com as organizadas. Ledo engano. Exigimos justiça! Maurinho, presente!

Edição: Lia Bianchini