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Política

Servidores em greve se reúnem com a comunidade no IFPR Telêmaco Borba

Mais da metade dos professores e servidores técnicos do campus estão em greve desde o dia 25 de março

Curitiba (PR) |
Diálogo com a comunidade possibilitou contextualizar mobilização e tirar dúvidas sobre a suspensão das atividades no campus. - Foto: Divulgação

Servidores grevistas do Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Telêmaco Borba promoveram nesta semana momentos de diálogo com a comunidade sobre as demandas da categoria e o impacto da mobilização junto aos estudantes.

Durante as noites de terça (02) e quarta-feira (03), eles se reuniram, no auditório da instituição, com pais, mães e responsáveis pelos alunos dos cursos do Ensino Médio Técnico Integrado. Mais da metade dos professores e servidores técnicos do campus estão em greve desde o dia 25 de março. As aulas seguem suspensas no Ensino Médio.

De acordo com o Comando de greve local, durante os encontros, foi possível compartilhar com a comunidade as razões que levaram os servidores a deflagrar a greve, bem como explicar as reivindicações da categoria. O espaço também foi usado para tirar dúvidas sobre a situação dos estudantes ao longo desse período. O campus do IFPR na cidade tem aproximadamente mil estudantes de ensino superior e médio.

Representantes da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Telêmaco Borba (UMESTB) também participaram das duas reuniões. O engajamento dos familiares foi considerado pelo movimento como um momento importante na mobilização pela qualidade da educação pública federal.

Reivindicações

Os servidores do IFPR têm reivindicações específicas para suas carreiras. No caso dos professores, a categoria reivindica recomposição salarial (22,71% divididos em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026); equiparação dos reajustes dos auxílios (alimentação, saúde e creche) aos dos demais poderes; atendimento do Piso Nacional do Magistério, e Revogação da Portaria 983, que trata sobre a reestruturação da carga horária docente.

Para os servidores técnicos, as reivindicações envolvem reestruturação da carreira; recomposição salarial (cerca de 34% divididos em três parcelas iguais de 10,34% em 2024, 2025 e 2026); equiparação dos reajustes dos auxílios de acordo com os demais poderes, e regulamentação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para a categoria.

Os cálculos envolvem as perdas salariais do governo Temer até o final do governo atual.

Edição: Mayala Fernandes