Paraná

LUTA POLÍTICA

Renato Freitas reafirma que denúncias contra Traiano são verdadeiras: “Corrupto”

Processo administrativo ético-disciplinar será julgado hoje às 10 horas no Conselho de Ética da Assembleia

Curitiba (PR) |
Deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) participou de atividade promovida pela Bancada Negra gaúcha nesta sexta-feira (28) - Foto: Divulgação

Será pautado hoje (20), no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), às 10 horas da manhã, processo administrativo ético-disciplinar protocolado pelo presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), chamado de corrupto por Freitas.

No total, estão em pauta duas representações por quebra de decoro parlamentar contra Freitas e duas representações do petista contra Traiano. A previsão é de que na sessão sejam escolhidos os relatores das representações.

De acordo com notícia do portal G1, uma delas envolve a sessão na qual o petista chamou Traiano de corrupto, em outubro de 2023.

De acordo com a assessoria de imprensa, procurada pelo BDF PR, Freitas mantém sua posição e enfatiza que as declarações feitas durante a sessão de 9 de outubro de 2023, são verdadeiras.

“Ademar Traiano é corrupto, são verdadeiras e, portanto, não podem ser consideradas caluniosas”, afirma. Ele destaca que Traiano pediu e recebeu propina, e de forma incomum, recebeu do poder judiciário a imposição de sigilo absoluto ao Acordo de Não Persecução Penal e Civil que assinou para não responder criminalmente pelo crime de corrupção passiva.

Freitas pede que Traiano seja punido com a perda do mandato.

Delação e propina

Delação revelou que o empresário Vicente Malucelli pagou propina a Traiano e ao ex-deputado Plauto Miró, em 2015, sob prerrogativa de manter o contrato da TV Icaraí, à época contratada para produção de conteúdo da TV Assembleia. Segundo a delação, o pagamento feito aos dois deputados estaduais somou R$ 200 mil.

Presidente

Freitas questiona também o fato de Traiano permanecer como deputado e presidente da Assembleia Legislativa. “A quem interessa o sigilo desse acordo e por que o Tribunal de Justiça do Paraná ainda não o levantou?”, afirma, questionando também quantos outros acordos semelhantes foram feitos pelo poder judiciário paranaense.

O deputado estadual do PT espera que os deputados levem em consideração o voto da deputada Ana Julia (PT) e decidam pelo arquivamento da representação movida por Traiano.

Evitando a imprensa

De acordo com Rogério Galindo, do jornal Plural, depois da revelação das denúncias, Traiano imprimiu um silêncio junto aos jornalistas, e apenas ontem concedeu entrevista de cinco minutos.

“Antes da revelação do pagamento da propina, Traiano falava todos os dias com os repórteres. Desde dezembro, no entanto, passou a usar caminhos alternativos dentro do prédio para nem mesmo passar perto dos jornalistas enquanto seguia de seu gabinete para o plenário. Nesta segunda, porém, parou e falou por cinco minutos – primeiro sobre tramitações de projetos pouco importantes, até ser questionado sobre a propina”

Edição: Pedro Carrano