Paraná

LUTA POLÍTICA

OPINIÃO. Ainda estamos sob um estado de Golpe!

Nas mídias sociais as mentiras e o jogo sujo estão a todo vapor

Curitiba (PR) |
é preciso se mover, trabalhadores e trabalhadoras, movimentos sociais e sindicatos devem tomar as ruas em apoio ao atual governo - Gibran Mendes

Quando terminamos uma semana com as redes sociais maciçamente acusando o presidente Lula e o seu partido (PT) de algum tipo de apoio a ação criminosa, enquanto o ex-presidente Bolsonaro sequer foi intimado a esclarecer um dos vários crimes descobertos após sua saída, podemos então afirmar que ainda estamos em estado de golpe.

A primeira tentativa foi em 8 de janeiro de 2023. Uma vez frustrada, assistimos novos movimentos que indicam que a elite política, econômica e jurídica continua em sintonia para levar a cabo o projeto democrático e de construção de igualdade social representado pela figura de Lula, um gigante respeitado em todo o mundo, mas que pode sucumbir pelas mesmas elites que garantiram sua prisão por mais de 500 dias em Curitiba.

E se nós trabalhadores e trabalhadoras, movimentos sociais e sindicatos não tomarmos as ruas em apoio ao atual governo eles podem conseguir.

Evidências não faltam.

Primeiro, um dos presidentes mais corruptos do período democrático brasileiro e com uma ficha extensa de crimes conhecidos do grande público, tira férias nos Estados Unidos dando palestras para grupos conservadores estadunidenses. Muitos dizem que fugiu. Mas será? Ou comanda de forma organizada ações para uma segunda tentativa de golpe?

Mesmo com um elevado número de crimes, não vi nenhuma intimação do judiciário brasileiro contra ele. Vocês viram? Penso que o motivo de ele estar lá é justamente dar foco ao presidente Lula, não no que se refere às inúmeras ações positivas e grandiosas que já fez em menos de três meses de governo, mas em pequenas coisas como falas espontaneamente emitidas e furtivamente provocadas pelos jornalistas.

Nas mídias sociais, as mentiras e o jogo sujo estão a todo vapor e alimentam a animosidade dos anti-lula e dos anti-PT, logo é preciso agir. Somado a isso, as narrativas jornalísticas enviesadas, focadas em futilidades banalizam o mal de Bolsonaro, como diria Hanna Arendt, e do seu representante Roberto Campos Neto, presidente do Banco central que de tão autônomo divorciou-se do povo, se é que um dia esteve junto a ele.

No campo político, na última semana assistimos duas encenações da mídia brasileira combinada com os políticos do legislativo. O primeiro se trata da ameaça de morte ao senador e ex-juiz Sergio Moro, que para muitos analistas soa como uma farsa. Vale lembrar que Sergio Moro foi o juiz federal que em conluio com o Ministério Público Federal e com mídia burguesa brasileira levou o presidente Lula à prisão e Bolsonaro ao poder. Vocês acham isso uma coincidência?

Na segunda cena, temos dois atores principais, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, que forjaram uma desavença entre as duas casas legislativas, no momento em que muitas medidas provisórias precisam ser votadas. Na época de Bolsonaro não lembro dele ter problema com Pacheco e Lira para votar suas medidas provisórias, mesmo as mais absurdas.

Ironias à parte, esse é um pouco do clima que nos ronda e que ameaça o governo de Lula e consequentemente as agendas sociais que afetam todos os trabalhadores. Não podemos assistir isso tudo calados é preciso se mover, trabalhadores e trabalhadoras, movimentos sociais e sindicatos devem tomar as ruas em apoio ao atual governo. Caso contrário, os golpistas podem conseguir o seu objetivo. 

 

Lula e nós por consequência, não podemos ficar reféns do sistema de judiça, do legislativo, da mídia burguesa, das elites representadas pelo banco central e da situação econômica precária relegada ao povo brasileiro, que ainda amarga um custo de vida alto e baixos salários. Logo é preciso agir.

Edição: Pedro Carrano