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Conheça a boxeadora Namíbia Rodriguez, pioneira e uma das lendas do boxe feminino em Cuba

Atleta cubana lutou contra o machismo e se tornou símbolo do esporte na ilha

Internacional |
Namíbia é uma lenda do boxe feminino cubano, mesmo sem medalhas - Divulgação

Por Gabriel Vera Lopes | Habana (Cuba)

 

Em frente à Igreja de La Merced, na Havana Velha, o eco das pancadas interrompe a saturada música que se ouve pelos velhos alto-falantes. Dentro do mítico ginásio "El Trejo", uma dúzia de pessoas se exercita diante do olhar cuidadoso do treinador que fiscaliza cada movimento. 

Detrás do ringue, Namíbia Flores Rodríguez se move com uma destreza impressionante. Cada passo, cada movimento incessante, cada golpe é executado com uma afiada precisão.

Mesmo sem nunca ter tido a oportunidade de lutar em um ringue oficial de competição, Namíbia é uma lenda do boxe feminino. Sua luta incansável tornou seu nome conhecido em todo o mundo. Campeã sem medalhas, ela guarda em suas cicatrizes as epopeias de suas batalhas fora dos ringues.

Pioneira do boxe em Cuba, a trajetória da atleta foi tema de vários documentários. O mais recente deles foi "Guantes sin ring" (Luvas sem ringue), da diretora cubana Karen Sotolongo. Trata-se de um documentário de curta-metragem que explora a história do boxe feminino na ilha. 

"O boxe me ensinou a ter confiança em mim mesma. Levantar-me depois de ter caído muitas vezes, olhar para mim e dizer: sou uma lutadora, não tenho por que me deixar cair", afirma Namíbia.

Em 5 de dezembro de 2022, o boxe feminino foi oficializado em Cuba. A notícia foi um choque para Namíbia. Por um lado, era algo pelo qual vinha lutando há mais de 15 anos. Por outro , a aprovação com a qual ela sonhava chegava aos seus 46 anos, seis anos a mais do que a idade limite estabelecida pela Associação Internacional de Boxe (AIBA) para competir oficialmente.

Cuba é o segundo país com o maior número de medalhas olímpicas de boxe da história. Com 41 medalhas de ouro, o país caribenho é superado apenas pelos Estados Unidos, que conquistaram 50.

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Edição: Lia Bianchini