Paraná

EDITORIAL PARANÁ 291

EDITORIAL | Um 8 de março para se retomar: lutas, esperanças e direitos

"O governo Bolsonaro aprofundou os ataques às políticas de defesa à vida das mulheres"

Curitiba (PR) |
A luta das mulheres em 2023, portanto, ganha um caráter de retomada das lutas numa perspectiva de ampliação da democracia - Pedro Carrano

O 8 de março de 2023 é o primeiro após o período nefasto que quase destruiu nosso país em quatro 4 anos. O governo Bolsonaro aprofundou os ataques às políticas de defesa à vida das mulheres e instigou discursos machistas e misóginos que repercutiram num crescente aumento de feminicídios no período.

A luta das mulheres em 2023, portanto, ganha um caráter de retomada das lutas numa perspectiva de ampliação da democracia.. No Paraná, o primeiro ato aconteceu ainda no dia 7, uma ação organizada pela campanha Despejo Zero Paraná, que reuniu cerca de 2 mil mulheres mobilizadas pelo direito à moradia e acesso à terra para a reforma agrária.

Já o dia 8 tem como lema “Mulheres em resistência, contra todas as formas de violência. Por Terra, Teto e Trabalho, por democracia e sem anistia”, que traduz um desafio geral das forças populares para o próximo período, articulando pautas específicas do movimento feminista com agendas mais amplas, que tocam principalmente as mulheres mais pobres.

O momento aberto pelo governo Lula nos permite esperançar com dias melhores para a vida das mulheres, mas uma certeza ainda maior é de que só a mobilização e organização feministas terão a capacidade de pautar as transformações necessárias em nossa sociedade.

 

Edição: Pedro Carrano