Paraná

Copa 2022

Coluna | Baila Brasil! A melhor oportunidade do hexa em 20 anos

Equipe de Tite conta com recursos que nenhum outro técnico teve desde Felipão

Curitiba (PR) |
Voltamos a sorrir e a bailar com a esperança de voltarmos ao topo - Lucas Figueiredo / CBF

Chegamos nas quartas de final da copa com autoridade. Apesar do susto com Camarões, a cabeçada de Aboukabar virou um acidente de percurso diante do massacre à Coreia do Sul. Bailamos. Raphinha, Neymar, Vini, Paquetá e Richarlison jogaram ao estilo brasileiro, leves, sorrindo, como se estivessem nos campinhos de chão batido. Casemiro tem sido, junto com nosso sistema defensivo, um pitbull com precisão refinada em recuperar bolar e fazer o Brasil partir ao ataque.

Dizem que Tite deveria ter escolhido mais homens de defesa, que foi uma bobagem a convocação de Daniel Alves. E faria sentido não chamar até mesmo Gabriel Jesus, que, apesar da lesão, vem na melhor fase da carreira no Arsenal, para convocar algum outro jogador com pouca rodagem na seleção?

Fato é que temos uma das gerações mais talentosas e um time que joga bonito na maior parte do tempo. Não dá para saber se ganhará alguma coisa, mas é um time competitivo e talentoso como a seleção de Felipão, em 2002.

E vem a Croácia

A Croácia será o próximo desafio. Sua principal estrela, Luka Modric, está no término da carreira e a eles resta parar o time canarinho na base da marcação cintura dura europeia.

Neste 2022 estamos voltando a sorrir dentro e fora das quatro linhas, independentemente das posições políticas de Neymar. Voltamos a sorrir e a bailar com a esperança de voltarmos ao topo.

As vivandeiras de quartel que torcem pelo presidente e contra a seleção, assim como os comentários recheados de eurocentrismo do ex-jogador inglês Roy Keane, que criticou os passinhos brasileiros para comemoração dos gols, neste momento são irrelevantes. O momento é de celebrar nosso futebol e nossa democracia, que volta a ser restaurada. Para alcançarmos o topo, basta fazer o que sabermos, jogar com alegria e bonito. Bailar!

Edição: Frédi Vasconcelos e Lia Bianchini