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Copa 2022

Coluna | A zebra derruba favoritos

Argentina e Alemanha perdem partidas improváveis e têm desafios gigantes para não voltarem do Catar mais cedo

Curitiba (PR) |
Alemanha brilhou antes do jogo em protesto contra determinação da Fifa de não usar símbolo LGBTQI no Catar, mas no campo... - Divulgação

Um dos passatempos prediletos nas copas do mundo é tentar adivinhar resultados em “bolões” que existem aos milhões por aí. E, provavelmente, muita gente perdeu pontos com as derrotas da Argentina e da Alemanha para Arábia Saudita e Japão na primeira rodada.

As “zebras” tiveram quase o mesmo roteiro. O time favorito abre o placar com gol de pênalti (contestado ou não) no primeiro tempo, depois toma a virada no segundo e não consegue reagir. É bom lembrar que essas duas seleções fizeram a final na copa no Brasil, em 2014, e sempre estão entre os favoritos a levar o caneco.

Pior que perder para times com futebol bem abaixo tecnicamente, é a maldição da derrota na estreia e o que terão de fazer daqui para frente para evitar um vexame ainda maior, de voltar para casa após três jogos. A tal maldição é que, das seleções que perderam na estreia, apenas a Espanha, em 2010, na África do Sul, conseguiu se recuperar e ganhar o título. Mas isso tem mais a ver com as mandingas do futebol do que com qualquer previsão de verdade sobre o que ainda vai acontecer.

O principal problema é outro. No caso da Alemanha, por exemplo, se perder da Espanha e o Japão ganhar da Costa Rica, os dois times chegam a duas vitórias e os germânicos vão para casa sem choro nem vela. Os dois resultados são possíveis e os alemães jogam uma “final” na próxima rodada, no domingo (27), às 16h. Mesmo em caso de empate, se o Japão ganhar da Costa Rica, a Espanha entrará em campo precisando de um ponto contra um Japão já classificado na terceira rodada. É bom lembrar que a Espanha começou voando, ganhando de 7 a 0 da Costa Rica.

Para a Argentina, a situação é um pouco mais fácil pelo empate entre México e Polônia, por 0 a 0. Por tradição, são times melhores que a Arábia, mas piores que os “hermanos”. Mas se na segunda rodada ocorrerem, por exemplo, dois empates, a Argentina será a lanterna do grupo e vai para a última rodada tendo de ganhar de qualquer jeito da Polônia e esperar o que acontecerá entre México e Arábia.

Edição: Lia Bianchini