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3ª Festa da Reforma Agrária de Antonina terá fandango caiçara com grupo Mandicuera

Evento será neste sábado (10), com feira agroecológica, banho de rio e espaço para camping

Curitiba (PR) |
Festa acontece durante todo o dia de sábado (10) - Divulgação

Muita música e comida boa estão garantidas na 3ª Festa da Reforma Agrária Popular: Cultivando a Cultura Camponesa e Caiçara, que será realizada no sábado (10), na Comunidade José Lutzenberger, em Antonina, litoral do Paraná.

Ao longo de todo o dia, a programação vai trazer a mistura das culturas camponesa e caiçara, com Procissão da Bandeira do Divino, baile de fandango, feira de produtos agroecológicos e da economia solidária, comidas típicas. O evento já é uma tradição na comunidade agroflorestal, reconhecido como parte do Calendário de Eventos Turísticos do Paraná.

Esta edição também será de celebração de uma conquista desejada há 21 anos: a formalização do assentamento e garantia do direito à terra para as mais de 20 famílias que vivem na comunidade.

A programação tem presença confirmada do grupo Mandicuera, direto da Ilha de Valadares, Paranaguá. O coletivo é conhecido em todo o estado pelos famosos bailes de fandango e pela valorização, preservação e desenvolvimento das manifestações culturais dos povos do litoral paranaense.

Também estão confirmadas: Roda das Manas, formada por mulheres e pessoas não binárias do litoral do estado, que traz e desenvolve toda a potência das mulheres na música e na arte; “Lendas Caiçaras”, espetáculo teatral que utiliza de atores, bonecos, música para levar os causos, histórias e cultura caiçara para crianças de todas as idades; e do grupo de reggae Fonte de Luz, também do litoral.

Para animar o dia terá música com os violeiros do MST, uma mística preparada por militantes e pela comunidade local e um ato político de abertura, com falas do MST, autoridades e da comunidade. Além disso, no período da tarde será realizada visita às áreas de agrofloresta, banho de rio, teatro e apresentação do documentário “Agrofloresta é mais”. E também terá feira com mudas e sementes, sorvete agroflorestal, Rede Mandala, Produtos da Terra e produtos do MST.

Comunidade premiada pela recuperação da Mata Atlântica

O acampamento, onde hoje vivem 20 famílias, era um território devastado pela pecuária extensiva de búfalo e por crimes ambientais, como o desvio do Rio Pequeno, que atravessa a área. Depois da ocupação, em 2004, as famílias fizeram um grande trabalho de recuperação ambiental e produção agroecológica.

Desde lá, foi necessário realizar um trabalho para recuperar a degradação ambiental que o terreno sofreu. Após todo esse processo e recuperação da mata ciliar, o Rio Pequeno voltou ao seu curso normal. Por conta deste trabalho, em 2017 a comunidade recebeu o prêmio Juliana Santilli de Agrobiodiversidade.

Edição: Lia Bianchini