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Conheça as histórias de mulheres sobreviventes

Projeto entrevista mulheres que passaram pelo sistema prisional

Curitiba (PR) |
Podcast “Gentes – Mulheres Sobreviventes” foi lançado em 14 de outubro e pode ser ouvido nas plataformas digitais Spotfy, Deezer e Google Podcasts - Divulgação

O podcast “Gentes – Mulheres Sobreviventes”, entrevista mulheres que passaram pelo sistema prisional e traz reflexões sobre inclusão social, vida profissional, afetiva, traumas e sonhos a partir de uma conversa com a antropóloga Luana Camargo e convidadas. O podcast foi lançado em 14 de outubro e pode ser ouvido nas plataformas digitais Spotfy, Deezer e Google Podcasts.

O projeto foi idealizado pela produtora cultural Luana Camargo, que, desde 2017, pesquisa especialmente o encarceramento feminino, através da antropologia da memória e trajetórias de vida. Luana é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia da Federal do Paraná e especialista em Antropologia Cultural pela PUC/PR. Além disso, é articuladora da Frente Estadual pelo Desencarceramento do Paraná́.

Fruto da pesquisa da antropóloga, a série é formada por quatro episódios e apresenta a narrativa de mulheres que saíram do cárcere. “O principal objetivo é mostrar como o sistema de justiça marcou a vida dessas mulheres e como a desigualdade de gênero aprofunda as violências e ausências do estado para com elas”, afirma Luana. A produtora também destaca que o podcast visa alcançar um público amplo que, muitas vezes, só tem contato com o sistema prisional a partir de uma mídia punitivista e sensacionalista.

A série traz histórias com novas perspectivas sobre a questão do cárcere. Além dos quatro episódios, o podcast também promove oficina de empreendedorismo e estratégias de projetos direcionado a pessoas egressas, familiares e pessoas que se relacionem com o tema do cárcere a partir das perspectivas dos direitos humanos.

Chamada de “Oficina Novos Rumos”, é parte da contrapartida social e tem como objetivo preparar as egressas do sistema prisional para o mercado de trabalho. Para Anna Carolina Azevedo, coordenadora da oficina, um dos maiores desafios é enfrentar o mercado de trabalho.

“O mercado de trabalho ainda é bastante preconceituoso, não inclusivo e que possui grandes ressalvas a esse público. Então, como capacitar essa mulher egressa, bem como seus familiares, para que possam chegar preparados para o mercado de trabalho e também para aquelas que desejarem empreender seus próprios negócios”, explica. 

Edição: Frédi Vasconcelos e Lia Bianchini