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Coluna | A um passo da glória eterna

Athletico se agiganta no Allianz Parque, arranca empate e garante vaga na final da Libertadores

Curitiba (PR) |
Desde 2005, o Athletico Paranaense não disputava uma decisão do principal torneio de clubes do continente - Divulgação

Uma noite daquelas em que o torcedor athleticano se lembrará por décadas e que marca um ponto de virada na história quase centenária do clube rubro-negro do Água Verde. Diante de mais de 48 mil torcedores em um Allianz Parque abarrotado de palmeirenses esperançosos de ver o atual campeão da América repetir o feito do ano anterior, o time de Luís Felipe Scolari se impôs e, com um empate por 2 a 2 arrancado nos minutos finais da partida, garantiu classificação para a final da Copa Libertadores, que ocorrerá na cidade de Guayaquil (EQU), em partida única no dia 29 de outubro.

Desde 2005, o Athletico Paranaense não disputava uma decisão do principal torneio de clubes do continente. Atual campeão da Sul-americana, o Furacão enfrentará o Flamengo na decisão.

O Jogo

A partida começou com o Palmeiras buscando reverter o resultado da semana passada, derrota na Arena da Baixada por 1 a 0, e um Athletico seguro na defesa, mas com mais opções de contra-ataque, com uma linha de três atacantes. Gustavo Scarpa abriu o placar para o Palmeiras aos 2 minutos do primeiro tempo, após bela jogada de Zé Rafael. No segundo tempo, a pressão continuou e Gustavo Gomes, após lateral cobrado para área, antecipou a marcação e de cabeça aumentou a vantagem: 2x0. Placar que garantia a classificação da equipe paulista.

Mas o futebol não é uma ciência exata e o imponderável aparece. Mesmo com o favoritismo do adversário e o placar adverso, a estrela de Felipão, que não estava no banco de reservas por ter sido expulso no jogo da ida, brilhou. Orientando seu assistente Paulo Turra a distância, colocou Terans e Pablo no jogo e tudo mudou. O Palmeiras ainda reclamaria da arbitragem por conta da expulsão de Murilo após agredir o atacante Vitor Roque, no final do primeiro tempo.

Aos 18 minutos do segundo tempo, após boa tabela dentro da área, Pablo empurrou para as redes e diminuiu a vantagem e, aos 39 minutos, David Terans chutou forte do meio da rua e levou o Athletico a disputar mais uma final da Libertadores. Daí para a frente foi apenas esperar o apito final, segurando o ataque alviverde, e comemorar como nunca diante dos mais de 2.500 athleticanos presentes em São Paulo. Athletico classificado, e festa até mesmo depois do estádio ter apagado os refletores, com a torcida cantando junto dos jogadores e iluminando o campo com as lanternas dos celulares.

Edição: Frédi Vasconcelos e Lia Bianchini