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Notas políticas do BDF: "Não podemos mais"

Sérgio Moro sai do Podemos ; novo partido barra pretensão à disputa presidencial

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O ex-juiz Sérgio Moro durou cerca de 100 dias no seu primeiro partido desde que assumiu a carreira política, o Podemos. - Reprodução internet

Não podemos mais 

O ex-juiz Sérgio Moro durou cerca de 100 dias no seu primeiro partido desde que assumiu a carreira política, o Podemos. Entrou em 10 de novembro de 2021 e renunciou ao partido e à candidatura à Presidência em 31 de março de 2022. Nos bastidores, alega-se que faltariam dinheiro e estrutura para uma eleição presidencial. Na realidade, faltam votos. A candidatura de Moro nunca decolou e o Podemos deve gastar seu dinheiro do fundo eleitoral com deputados e senadores. 

 

Obedece a quem manda 

Ao anunciar a entrada para o União Brasil, por ironia, junção do DEM e PSL, que elegeu Bolsonaro, Moro falou em nota oficial em “facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única.” E diz que abre mão “nesse momento” da candidatura a presidente. Quer manter a ilusão, mas no novo partido quem manda é ACM Neto, que já barrou seu desejo presidencial. 

 

Dias não entendeu 

O senador Álvaro Dias, quem trouxe Moro e manda no Podemos, afirmou ter falado com Moro na manhã do dia em que este renunciou e ele não teria avisado nada. Ficou sabendo pela imprensa. Segundo o jornalista Manoel Ramires, Dias reclamou: “Acho contraditório, especialmente se for para desistir da candidatura presidencial e disputar mandato de deputado federal, como está sendo dito. Para desistir da candidatura não há necessidade de mudança de partido." 

 

A via dos sem-voto 

No agitado 31 de março, o quase ex-governador de São Paulo, João Dória (PSDB), teve seu dia de Viúva Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido. Ameaçou renunciar à candidatura à Presidência e ficar no governo do Estado. Depois, desdisse tudo e manteve a candidatura e a renúncia ao governo. Se nada mudar até o fechamento desta edição, ainda faltará a Dória fazer a mágica de sair do 1%, dos 2% que as pesquisas insistem em lhe dar. 

Edição: Ana Carolina Caldas