A esquerda foi às ruas pontualmente em 2020, mesmo em meio à pandemia, devido à ascensão dos atos neofascistas convocados por Bolsonaro, da pauta antirracista, e do aprofundamento da crise no país.
Em 2021, mesmo com o agravamento da pandemia e do número de mortes no país, após os atos consistentes do dia 29 de maio, o dia 19 de junho reúne expectativa e possibilidade de ser ainda maior que o anterior, com maior participação da sociedade.
Em conversa com dirigentes das três principais frentes em Curitiba e no Paraná – Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, e organizações locais, caso do CWB Resiste, destacam a importância neste momento da unidade da esquerda, da urgência dos atos para a retirada de Bolsonaro do governo – e ressaltam que a organização dos atos pode torná-los com a menor taxa de risco possível e com prevenção.
“O grande avanço é o espaço cada vez mais unitário, da Povo Sem Medo, Brasil Popular e demais frentes que têm se incorporado na organização. A organização do 19 de junho tem demonstrado para nós a urgência da unificação da nossa resistência e luta. De fato, é um governo genocida, truculento, que se apoia nos setores mais atrasados no que toca a defesa da democracia. Não há outra possibilidade senão o chamado unitário dos atos, não há como querer ser pai e mãe dos atos que vão derrubar esse governo. O dia 29 foi uma demonstração disso”, ressalta Mariane Siqueira, da Frente Povo Sem Medo, apontando que os riscos e a atual situação da pandemia geram receio nos participantes, demandam cuidados, porém a necessidade de retirada de um governo negligente é maior.
Para Regina Cruz, da Frente Brasil Popular Paraná, é preciso ir para as ruas com todos os cuidados necessários para derrotar os governos genocidas de Bolsonaro e Ratinho Jr. "A importância de todo mundo ir para a rua no dia 19 é por causa de um genocida no governo federal e o Ratinho Jr no Paraná. Nós, da Frente Brasil Popular estamos na luta pela vacina par todos e todas, auxílio emergencial de 600 reais e comida no prato. Importante que todos que puderem, participem dessa manifestação, tomando todos os cuidados necessários, para derrotar quem vem destruindo a vida da classe trabalhadora."
No mesmo sentido reflete o midialivrista Oruê Brasileiro, da organização CWB Resiste, um dos coletivos que formam o comitê Unificado: Percebemos que é momento de ir para a rua, o governo é mais letal do que o próprio vírus, temos menos exposição em um ato do que em um supermercado, por exemplo. A organização do ato deu as máscaras corretas”, afirma Brasileiro, apontando também a centralidade da organização da cultura e das apresentações durante a concentração do ato.
Edição: Lucas Botelho