Neste sábado, dia 23, mobilizações acontecem pelo país em defesa da ampla vacinação, pelo auxílio emergencial, encerrado pelo governo federal em janeiro, e em campanha pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Significa a retomada das atividades de rua pelo país, no formato de carreatas, convocadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Em 2020, a esquerda manteve a defesa do distanciamento social, indo à rua em situações limite, caso dos atos antirracistas, e atos puxados pelas torcidas organizadas contra o avanço do neofascismo no Brasil.

Em Curitiba, a convocação para carreata envolve também o convite ao uso de bicicletas. Na capital paranaense, o horário de concentração do ato será às 15h, com saída pela cidade às 16h. Em Londrina, norte do estado, está previsto para às 10h (confira lista atualizada abaixo).

Um governo insuportável

É um dos primeiros atos que o movimento popular realiza neste formato de carreata e bicicletada. O que levou a essa decisão?

Na avaliação de Oruê Brasileiro, um dos jovens organizadores e integrante do Comitê Unificado de Lutas, a carreata permite o protesto e evita grande exposição dos participantes. Em Curitiba, o Comitê Unificado justamente reúne as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ao lado de uma gama ampla de entidades sindicais, partidárias, coletivos e indivíduos de esquerda que não estão nesses dois espaços nacionais.

“Estamos acostumados com a ocupação direta das ruas, no corpo a corpo, olho no olho, no grito do fundo da garganta ao invés da buzina. No entanto, é o que nos resta, não podemos cair no conto negacionista pregado pelo presidente e seus apoiadores. E mais ainda, não podemos assistir a esse governo cometendo um genocídio sem fazer pressão”, convoca.

Urgência de insumos para o combate à Covid

“Carreata, bicicletaço, com todas as medidas protocolares, mas não há jeito, teremos que fazer essa mobilização”, endossa a trabalhadora da saúde e dirigente sindical, Olga Stefânia, em entrevista ao “BDF Paraná Direto da Redação”, realizada nesta sexta (22). A coordenadora do Sindisaúde-PR afirma que, sem pressão popular, a vacina não será democratizada para toda a população no estado.

No caso do Paraná, há a particularidade de que o fechamento da unidade da Fafen Fertilizantes, há exato um ano, escancarou que a estrutura da fábrica poderia ser usada para a produção de insumos no combate à Covid-19. A denúncia surgiu durante a semana e promete entrar na pauta dos movimentos populares. 

Evento

Mais informações sobre a manifestação podem ser encontradas na página criada para divulgar o evento.

Confira a lista completa dos atos no Paraná

- Curitiba - Praça Nossa Senhora de Salete, Centro Cívico  15h
- Guarapuava - Fórum de Guarapuava  15h30
- Maringá - Antigo Aeroporto  14h30
- Umuarama - Lago Aratimbó  10h
- Londrina - Em frente à Prefeitura  10h
- Pinhais - Praça da Vila Maria Antonieta  13h
- União da Vitória - Praça Coronel Amazonas  16h
- Tibagi - Posto Guapo 16h
- Telêmaco Borba - Em frente à prefeitura 16h
- Lapa - Av. Caetano Munhoz da Rocha, 1669, em frente à Nissei 16h

 

Edição: Lia Bianchini