Paraná

SAÚDE

Mais de 40 escolas municipais de Curitiba ainda utilizam caixas d'água de amianto; material é cancerígeno

A presença do material contraria a Lei Municipal nº 4.172/2012 que proíbe o uso de amianto 

Curitiba (PR) |
O STF proibiu a extração, a industrialização e a comercialização de amianto em todo o país. - Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

A vereadora Giorgia Prates (PT) denunciou durante sessão plenária desta terça-feira (27) na Câmara Municipal de Curitiba, a presença de caixas d'água de amianto nas escolas municipais de Curitiba, o que contraria a Lei Municipal nº 4.172/2012 que proíbe o uso desse material. 

Segundo informações do Instituto Naiconal de Câncer (Inca), a exposição ao amianto está relacionada à ocorrência de diversas doenças e é classificado como concerígeno para os seres humanos. Não foram identificados níveis seguros para a exposição às suas fibras. 

Durante fiscalização a diversas escolas, a vereadora constatou que, apesar da legislação vigente, muitas unidades educacionais ainda utilizam o amianto, material extremamente prejudicial à saúde, conhecido por causar doenças graves como asbestose, câncer de pulmão e mesotelioma.

"É uma situação inadmissível que coloca em risco a saúde de estudantes, professores e funcionários, mostrando a negligência da administração municipal em garantir um ambiente seguro para toda a comunidade escolar", afirmou Giorgia.

Segundo informações da prefeitura de Curitiba, são 45 escolas municipais que ainda possuem caixas de amianto. Não existe previsão ou cronograma definido para a substituição total deste material e a maioria dessas escolas está localizada nas periferias da cidade, o que evidencia uma desigualdade no cuidado com a saúde e com a segurança das crianças e jovens.

Edição: Mayala Fernandes