No sábado, dia 6, jovens militantes do Levante Popular da Juventude realizaram um protesto em frente à fábrica da Coca-Cola em Curitiba. A ação ocorreu durante o encontro estadual do movimento, cujo lema central foi "erguer florestas, derrubar o capital", abordando a crise climática e seus impactos na vida da juventude.
Em entrevista ao Brasil de Fato Paraná, Fernan Silva, da coordenação estadual do Levante no Paraná, explicou que o motivo do escracho à Coca-Cola, "a Coca-Cola, pelo quarto ano seguido ocupa o lugar número 1 do ranking de empresas que mais polui o meio ambiente além de estar envolvida em várias acusações de crimes contra comunidades indígenas e grilagem de terras" disse.
Durante a manifestação, os jovens escreveram no asfalto da via pública em frente à empresa "Coca-Cola inimiga da natureza", realizaram também uma performance de uma pessoa que se afogava em uma onda de plásticos de embalagens entoando em coro: "Coca-Cola, inimiga do povo e da natureza".
Moema Fiuza, outra liderança estadual do movimento, destacou "é importante estudarmos e entendermos nossa realidade, e sobretudo ocupar as ruas pra denunciar aqueles que destroem verdadeiramente e exploram a natureza e nosso povo em nome do lucro". Fiuza criticou as mídias comerciais e burguesas por terem feito um esforço patrocinado em responsabilizar individualmente as pessoas por pequenos atos de desperdício, como excesso de uso da água e lixo fora da lixeira, enquanto as grandes poluidoras passam despercebidas.
Além do protesto, o encontro autogerido pelo movimento incluiu formação política, duelo de MCs, atividades culturais diversas, e debates enriquecedores, com a participação de sindicalistas, parlamentares e líderes de movimentos populares nas mesas de discussão.
Edição: Lucas Botelho