Hoje a tarde, dia 12, ocorre reunião da diretoria executiva da Petrobrás.
Segundo fontes internas da empresa, está prevista a pauta sobre a reativação da Fafen-PR, o reconhecimento da chamada “desibernação” da planta localizada em Araucária (PR).
A expectativa é alta pela urgência em atender o mercado interno de fertilizantes no Brasil. “Não podemos mais ficar totalmente dependentes do mercado internacional”, afirma Marco Godinho, coordenador do Sindiquímica, que representa a planta da Fafen e cerca de 1000 trabalhadores que perderam o emprego em 2020, durante o fechamento do setor realizado pelo governo Bolsonaro.
Se aprovada a pauta da desibernação hoje, haverá audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), agendada para 15 de abril (segunda), para recontratação dos trabalhadores, além do andamento para que a fábrica volte a produzir fertilizantes nitrogenados.
Com a desibernação, a empresa estatal pode voltar a operar e recontratar efetivo, afirma Godinho, reforçando que a luta de petroleiros e petroquímicos é para reincorporar o quadro demitido em 2020. Houve adoecimento e dificuldades, sobretudo para os 400 operários efetivos e de carreira, além do quadro terceirizado.
A produção de fertilizantes nitrogenados foi incorporada ao plano estratégico 2024-2028 da Petrobras, ressaltam os sindicalistas ouvidos pela reportagem.
“A visão é nítida: tornar o Brasil autossuficiente nesse setor crucial. No entanto, essa meta só poderá ser alcançada com a reabertura da Fafen-PR e o pleno funcionamento de suas operações”, afirma Marco Godinho.
Edição: Mayala Fernandes