O ministro da Educação, Camilo Santana, formaliza hoje (quarta-feira, dia 20) a adesão do Paraná ao programa Pé-de-Meia, do MEC, em ato de lançamento com o governador Ratinho Jr, no Palácio Iguaçu, previsto para 14 horas.
O programa é um incentivo financeiro-educacional, pago na modalidade de poupança, aos estudantes matriculados no ensino médio da rede pública. A política prevê o pagamento de incentivos anuais de até R$ 3 mil por beneficiário.
Entidades e sindicatos da Educação não participam da solenidade de lançamento, embora apoiem a iniciativa do ministro e a política pública. Marlei Fernandes, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), ex-presidente da APP-Sindicato, afirma que o programa era uma elaboração e demanda do campo da Educação.
"O movimento educacional e popular tem amplo apoio à política do Pé-de-Meia, entendemos a necessidade de que os jovens precisam ter estruturação para continuar no ensino médio. Sabemos que boa parte deles desiste por conta da questão financeira. Então, é uma das melhores políticas do MEC e do governo Lula. O ministro cumpre agenda institucional nos estados e municípios", afirma.
A crítica de Fernandes se deve ao não cumprimento por parte das políticas educacionais pelo governo Ratinho Jr, com quem as entidades sindicais têm se batido contra nos últimos anos.
"Vivemos no Paraná um desmonte grandioso das políticas educacionais, então não estaremos neste momento corroborando com essa audiência, embora com plena consciência da importância do programa do governo federal", contextualiza.
A contradição é que Ratinho Jr vai na contramão das orientações do Ministério no que se refere, por exemplo, ao programa das escolas cívico-militares (Pecim).
"Entendemos que o próprio governador se usa da política do governo federal, mas ao mesmo tempo, no estado do Paraná, descumpre determinação do governo federal (..) Reiteramos a importância do Pé-de-Meia, entendemos a presença do ministro como atividade institucional, do Ministério da Educação. Ao mesmo tempo, não estaremos presentes pela discordância com o governo Ratinho Jr e as políticas de destruição da educação paranaense", afirma a dirigente sindical.
Edição: Mayala Fernandes