O Brasil vive uma escalada alarmante nos casos de dengue: desde o início de 2024, o país já ultrapassou 650 mil casos confirmados. No Paraná, de 30 de julho de 2023 a 20 de fevereiro de 2024, foram confirmados 45.930 casos e 16 mortes.
Em Curitiba, segundo a secretária municipal de Saúde, Beatriz Battistella Nadas, a situação está controlada. Até 15 de fevereiro, foram registrados 311 casos confirmados. No entanto, para manter a situação controlada, ela alerta para a necessidade de cuidados da população em casa, pois 75% dos focos do mosquito na cidade estão nos domicílios.
"As pessoas não conhecem direito o mosquito, não sabem como a doença se manifesta. [...] Muita gente pensa no ferro velho, posto de gasolina, borracheiro...Isso são pontos de risco e nós monitoramos. Mas o principal local de foco está na residência", apontou a secretária, em audiência na Câmara de Curitiba, nesta terça (20).
Sobre os cuidados necessários dentro de casa, Beatriz exemplificou: "Precisa olhar o ralo, a bandeja da geladeira, o pote de água do cachorro, do gato precisa ser lavado com esponja, porque o ovo pode durar até um ano grudado nessas superfícies. E, enquanto tem água, vai virar larva, vai virar mosquito".
Até o momento, mutirões da Secretaria de Saúde de Curitiba recolheram 126 mil toneladas de resíduos em áreas críticas de focos do mosquito. Os bairros com maior número de casos notificados e confirmados são Tatuquara, Cidade Industrial de Curitiba, Bairro Novo e Cajuru.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores no corpo, na cabeça e atrás dos olhos e, em alguns casos, há o surgimento de manchas no corpo e dores abdominais. Em caso de constatação dos sintomas, a pessoa deve procurar o serviço de saúde mais próximo, para confirmar ou descartar a doença. "Sendo identificada [a dengue], é preciso tomar cuidados simples, mas importantes. A pessoas precisa ser hidratada abundantemente. No início de forma oral e, se há complicação, é feita por meio de soro", explicou a secretária. Curitiba ainda não tem data para recebimento das vacinas contra dengue.
Edição: Lia Bianchini