Nos dias 23, 24 e hoje (segunda-feira, dia 25 de dezembro), o SOS Vila Torres, entidade liderada pelo padre Redentorista Parron, que pratica a solidariedade desde o período da pandemia, realiza doações no bairro Tatuquara, nas vilas Ilha, Pontarola, Britanite e União.
Com 407 famílias, a ocupação Britanite luta contra a ação de reintegração de posse. Realizada na mesma época (2021), durante a pandemia, a vila União conta com 250 famílias e tem a mesma perspectiva. Já a ocupação Pontarola é mais antiga, reúne 80 famílias e aguarda resposta do poder público sobre a situação de famílias localizadas em região do chamado Parque do Bugio. Por sua vez, a Ilha (ou vila Xisto) tem 165 famílias, em trâmite com a prefeitura para um processo de realocação das margens do rio Barigui.
No dia 23, a Frente de Organização dos Trabalhadores (FORT) realizou entrega de brinquedos pela manhã na associação de moradores da Vila Pantanal, no bairro Boqueirão, com apoio da União de Moradores e Trabalhadores (UMT), beneficiando as crianças do local.
Integrante também do FORT, Parron acredita que é nos momentos centrais para a classe trabalhadora que as organizações sociais devem estar presentes, ombro no ombro. "Nossa perspectiva é do apoio imediato ao povo mais necessitado, passando pela educação política e pela construção da organização na qual o povo possa reivindicar seus direitos e sua libertação", afirma o religioso.
Associação de moradores vila Pantanal voltou a funcionar neste ano com a cozinha comunitária / Pedro Carrano
Cestas da Esperança
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregou as chamadas Cestas da Esperança, entre outras, para comunidades Guaporé 2, áreas de ocupação em Araucária (PR) e para a vigília dos moradores da ocupação Tiradentes II, na Cidade Industrial.
O movimento informa que trabalhou com sua jornada local na Jornada Nacional de Solidariedade contra a Pobreza e a Fome, com doação de 60.450 mil quilos de alimentos e mil marmitas. Os alimentos orgânicos, de acordo com o movimento, chegaram a mais de 5 mil famílias, de 11 cidades do estado, entre as quais Curitiba, Guarapuava, Arapongas, Rolândia, Londrina, Santa Mariana e Cornélio Procópio, Paranavaí, Telêmaco Borba, Tibagi e Ortigueira.
O Movimento Popular por Moradia (MPM) organizou ceia de Natal ao lado dos moradores da Tiradentes II (Cidade Industrial de Curitiba). Estão em vigília há mais de 90 dias diante dos portões do grupo Essencis/Solví contra o risco de despejo forçado.
A vigília tem recebido pressão jurídica por parte da empresa, bem como hostilidades na região por meio de viaturas policiais. As famílias afirmam resistir até que haja negociação e proposta de um plano municipal da realocação.
No dia 23, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou atividade de cozinha solidária na Vila Sambaqui, no bairro Sítio Cercado.
Ações de solidariedade e entrega de alimentos do MST neste Natal / Comunicação MST
Edição: Lucas Botelho