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Educação

Governo do Paraná descumpre recomendação do MP e segue com prática antissindical na consulta das escolas cívico militares

Dirigente da CUT Paraná e da APP-Sindicato foi intimidado na tarde desta terça-feira (28)

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A tentativa de intimidação ocorreu em uma escola no bairro Santa Felicidade. - Reprodução internet

via CUT Paraná 

A APP-Sindicato, que representa professores e funcionários de escola no Paraná, denunciou na tarde desta terça-feira (28) uma nova tentativa de intimidação de representantes do Governo do Estado. As reiteradas práticas antissindicais por parte da gestão de Ratinho Júnior resultaram, inclusive, em uma recomendação do Ministério Público do Trabalho para que atitudes como esta cessem de forma imediata.


O embate se dá em virtude da tentativa de Ratinho Júnior em ampliar o número de escolas militarizadas no Estado. Este modelo tem sido alvo de denúncias da comunidade escolar devido a prática de assédio contra alunos e alunas. Ao tentar entrar em uma das escolas, o professor e secretário de comunicação da CUT Paraná e da APP-Sindicato, Daniel Matoso, foi intimidado por um funcionário do Núcleo Regional de Educação. Matoso estava acompanhado da estagiária de jornalismo da APP. Confira no link o vídeo da intimidação. 


“Infelizmente não surpreende. É uma ação reiterada que já foi alvo de processo da APP-Sindicato e que foi vitorioso. O Ministério Público do Trabalho reconheceu estas práticas e agora esperamos uma nova providência da justiça. Tentam nos intimidar e usam instrumentos ilegais e antidemocráticos em todo o processo. Mas não conseguirão. Seguiremos em luta por uma escola pública de qualidade, democrática e inclusiva”, apontou o dirigente.


A tentativa de intimidação ocorreu em uma escola no bairro Santa Felicidade. Ao ser informado de uma denúncia recebida pela APP-Sindicato de que materiais a favor da militarização da unidade escolar foram enviados nos grupos institucionais da escola, fato reiterado em todo o Paraná, o funcionário do Núcleo de Educação ainda se negou a verificar os fatos apontados.


“Estamos ao lado da APP-Sindicato e da comunidade escolar. A falta de diálogo de Ratinho Júnior com as entidades sindicais e com a sociedade de uma forma em geral, a exceção do empresariado amigo, é uma marca registrada desde o seu primeiro governo. Agora avança em outros passos, adotando práticas antissindicais. Não vamos permitir esse tipo de comportamento e vamos somar forças com a APP para denunciar e buscar tomar as medidas legais cabíveis”, completou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.


Nesta quarta-feira (29) o programa semanal de entrevistas da CUT Paraná em parceria com o jornal Brasil de Fato Paraná, o Quarta Sindical, produzido em parceria com o Jornal Brasil de Fato, receberá dirigentes sindicais para falarem sobre a militarização das escolas no Estado. O programa é exibido ao vivo pelos perfis da CUT Brasil, CUT Paraná, Brasil de Fato Paraná no Facebook, além de outras entidades parcerias a partir das 11h30.

Edição: Ana Carolina Caldas