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Feed do Manolo | Cartão de Transporte mais barato?

Curitiba+ revela que Curitiba poderia praticar uma tarifa mais barata do que a atual

Curitiba (PR) |
Coluna da edição 327 do Brasil de Fato Paraná - Carlos Costa/CMC

A Prefeitura de Curitiba fez um grande anúncio. Mas não era a Tarifa Zero no transporte público, tema que tem ganhado cada vez mais adeptos e se tornado realidade em muitas cidades brasileiras. A novidade é uma tarifa diferenciada fora dos horários de pico. O Curitiba+ permite viagens ilimitadas dentro de um determinado horário.

A promoção “black friday”, no entanto, vem com uma pegadinha: ao comprar o cartão pré-pago de R$ 240, os créditos expiram em 30 dias. A justificativa é de que “a partir de 40 utilizações, o Curitiba Mais já traz vantagem em relação ao cartão tradicional”, disse a Prefs.

Para especialistas, além de não resolver o problema, o cartão revela que Curitiba poderia praticar uma tarifa mais barata do que a atual. Para Lafaiete Neves, doutor em Economia pela UFPR e membro Titular do Conselho da Cidade de Curitiba, o modelo é uma “verdadeira trapaça! Estão reconhecendo que o preço da tarifa mais cara do Brasil está superfaturada em 20%. Por que não estenderam para o período de pico?  Daí caíria o super lucro de 20%”, compara.

Na postagem da Prefeitura de Curitiba, usuários apontam o que esperavam: “Seria melhor programar o sistema de cobrança para reduzir automático nos horários escolhidos de ‘não pico' e passar descontado para todos que já usam o cartão transporte”.

O engenheiro especialista em mobilidade urbana, Roberto Ghidini, que reside em Madri (Espanha) aponta para caminhos semelhantes. “Há outras possibilidades, como cartões pré-pagos para 10 (ou mais) viagens, com desconto de 10% ou 20%, como ocorre aqui. Há ainda abonos mensais, que correspondem a um mês de uso em toda rede, por um determinado preço (mais ou menos o valor de umas 50 viagens)”, esclarece.

Mas essa não é a opção da URBS, que segue sendo criticada na rede: “Os caras lançaram um ‘plano de assinatura da urbs’ enquanto Araucária desceu para 1 real”, a passagem. 

 

Edição: Lia Bianchini