combate à evasão

'Bolsa poupança' para alunos do ensino médio será apresentado ainda neste ano, diz ministro da Educação

Junto do presidente Lula, Camilo Santana apresenta informações sobre o programa, mas ainda sem detalhes sobre valores

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Camilo Santana (no centro da imagem) fez o anúncio ao lado de Lula, durante o programa 'Conversa com o Presidente', apresentado pelo jornalista Marcos Uchôa - Reprodução

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira (14) que o governo federal vai apresentar ainda neste ano o programa que cria a "bolsa poupança" para estudantes do ensino médio, com o objetivo de evitar a evasão escolar.

O anúncio foi feito ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o programa Conversa com o Presidente, realizado pela comunicação oficial de governo. Santana e Lula apresentaram informações sobre o projeto, mas ainda sem detalhes como, por exemplo, o valor que será pago.

Segundo o ministro, o objetivo do projeto é evitar a evasão escolar, que cresce a partir do primeiro ano do ensino médio, muitas vezes porque os alunos precisam deixar de estudar para trabalhar. Para incentivar a permanência, estudantes de baixa renda nesse nível de ensino receberão um valor em dinheiro todos os meses durante os três anos. Além disso, parte do montante será depositado em uma poupança, e o valor será liberado ao fim do Ensino Médio.

"Ao final da conclusão do ensino médio ele pode resgatar todo aquele recurso. Ou para montar um negócio que ele queira começar, pagar uma universidade, enfim, é uma forma de estimular", disse Santana ao apresentar o projeto, que ainda não tem data de lançamento definida.

Lula disse que um dos objetivos do governo é garantir que haja mais pessoas estudando até garantir os diplomas dos diferentes níveis de ensino. "Nós vamos criar as condições. Não podemos pegar o aluno e levar diretamente na escola. Vamos criar um incentivo para que você saiba que estamos pensando em seu futuro e no futuro da família", apontou o presidente.

Renegociação do Fies

Durante o programa, o presidente e o ministro falaram também sobre o programa, já em andamento, para renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O objetivo do governo é oferecer oportunidade para mais de 1,2 milhão de pessoas que têm parcelas do financiamento em atraso, em dívidas que, somadas, chegam a R$ 54 bilhões.

O programa, que foi apelidado de "Desenrola da educação", prevê descontos que podem passar de 90% do valor devido. A renegociação é feita diretamente com o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo o presidente, cerca de 60 mil acordos já tinham sido fechados nas primeiras semanas do programa.

"Queremos que você reconquiste o direito de andar de cabeça erguida, de voltar a estudar. Nesse caso, tem gente que zera a dívida 100%. Tem gente que vai pagar 10% do que deve, 5% do que deve. Não tenha vergonha, é seu futuro que está em jogo. Levante a cabeça, vá na Caixa, no Banco do Brasil e resolva seu problema" disse Lula.

Quem tiver dívidas com o Fies pode procurar o BB ou Caixa até o dia 31 de maio de 2024. Além do atendimento presencial nas agências, é possível buscar informações nas centrais de atendimento dos bancos. Os telefones da Caixa são 4004-0104 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800 104 0104 - Alô Caixa (demais regiões). Para falar com o BB, é possível entrar em contato pelo Whatsapp (61 4004-0001) ou por telefone: 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800 729 0001 (demais localidades).

Edição: Geisa Marques