Estamos reconhecendo o papel crucial desses agricultores que constroem a Jornada de Agroecologia
Podemos salvar o planeta começando pelo nosso prato? Essa pergunta é o ponto de partida para refletirmos sobre a agroecologia, uma abordagem que vai além do cultivo de alimentos, tocando o cerne da soberania alimentar e da preservação da vida.
A conexão da terra com nossas mesas, a necessidade de integração urbano-rural e o impulso a negócios que nutram tanto a economia quanto a saúde são vitais.
Neste contexto, surge a Jornada de Agroecologia, uma mobilização que une agricultores, acadêmicos e cidadãos na luta por um sistema alimentar justo e sustentável.
Comer é um ato político, e nossa alimentação diária tem o poder de transformar. A agricultura familiar, responsável por grande parte dos alimentos que consumimos, é a espinha dorsal de uma revolução silenciosa que acontece nos campos do Brasil.
Ao valorizarmos cada tomate, cada grão de arroz orgânico, estamos reconhecendo o papel crucial desses agricultores na manutenção da saúde do planeta. Aqui, direitos humanos e direitos da Terra são indissociáveis.
E o MST? Uma organização que não apenas lutou por terras, mas que se reinventou como um gigante da produção orgânica, provando que é possível alimentar a nação com práticas que respeitam e revitalizam o solo.
Os programas federais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são vitais para a segurança alimentar e a permanência do produtor no campo, comprando diretamente de quem planta e produz. Mas é fundamental que a sociedade civil se mobilize para garantir que essas iniciativas não apenas sobrevivam, mas se expandam e se fortaleçam, assegurando que a produção agroecológica seja não só incentivada, mas também valorizada como a coluna vertebral de uma economia sustentável.
Mas como estreitar laços entre o campo e a cidade, trazendo mais valor para os produtos e gerando empregos? Novos modelos de negócios precisam surgir, e para isso, é necessário um terreno fértil de incentivos e políticas públicas que entrelacem essas duas realidades.
A Jornada de Agroecologia se destaca como um marco na busca por um sistema alimentar equitativo e ecologicamente sustentável. Ela se apresenta como um espaço de convergência para aqueles que acreditam numa agricultura que alimenta o corpo e restaura o planeta. A sua presença fortalece este movimento essencial. De 22 a 26 de novembro em Curitiba, junte-se a essa celebração de aprendizado, troca e resistência. Descubra, participe e cultive a mudança.
Edição: Pedro Carrano