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Novos capítulos do movimento feminista na Islândia

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Mostrar o quanto a sociedade dependia do trabalho das mulheres, desde fazendas e fábricas até o lar. - Arte: "Mulheres esquecidas", de Andrea Tolaine
Teve um novo marco na história feminista do país com uma greve a favor da igualdade salarial

A Islândia foi o primeiro país do mundo a legalizar o aborto por motivos médicos e sociais em 28 de janeiro de 1935. Isso quer dizer que sua legislação permite à mulher justificar o pedido de aborto por falta de renda, planejamento familiar ou apenas ausência de condições mentais para ter um filho.

Em 24 de outubro de 1975, 90% das mulheres do país decidiram demonstrar sua importância entrando em greve. Em vez de ir aos seus escritórios, fazer tarefas domésticas ou cuidar de crianças, elas foram às ruas para reivindicar direitos iguais aos dos homens. O objetivo? Mostrar o quanto a sociedade dependia do trabalho das mulheres, desde fazendas e fábricas até o lar.

Porém, embora o país carregue uma reputação de exemplo na igualdade de gênero, é mais difícil identificar o impacto no cotidiano da vida das mulheres islandesas. Isso se torna ainda mais concreto após as manifestações frequentes realizadas ao meio-dia. O horário é escolhido porque, segundo elas, é o momento do dia em que as mulheres deixam de ganhar em comparação aos homens.

Teve um novo marco na história feminista do país esta terça-feira, dia 24, com uma greve a favor da igualdade salarial e contra a violência de gênero, como forma de demonstrar como a economia capitalista lucra em cima da força de trabalho feminina.

 

*militante do Levante Popular da Juventude

**As opiniões expressas nesse texto não representam necessariamente a posição do jornal Brasil de Fato.

Edição: Pedro Carrano