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Alimentação

Dia Mundial da Alimentação tem mobilização contra a fome, em Curitiba.

Ato ocorreu nesta segunda feira, na Conab, organizado pelo MST, Despejo Zero, Marmitas da Terra e cozinhas comunitárias

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Ato começou nesta segunda-feira (16), na Conab, organizado pelo MST, Despejo Zero, Marmitas da Terra e cozinhas comunitárias. - Comunicação MST-PR

 

Nesta segunda-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, movimentos populares realizaram uma mobilização conjunta na sede paranaense da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-PR), em Curitiba. A ação cobrou avanço das políticas públicas de combate à fome e de garantia da Soberania Alimentar para toda população.

Esta iniciativa reúne o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Paraná (MST-PR), cooperativas da Reforma Agrária, cozinhas comunitárias e solidárias de Curitiba e Região Metropolitana, movimento populares, coletivo Marmitas da Terra e a articulação Despejo Zero.

A pauta principal é o fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado em 2003 para promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar no território brasileiro, e que nos últimos anos sofreu desmonte. Em março deste ano ele foi relançado e a expectativa é que o orçamento previsto seja empregado na aquisição dos alimentos, assim como a estruturação e acesso das cozinhas comunitárias ao programa ressurgiram.

Marli Brambilla, integrante da Cooperativas Coana, de Querência do Norte, e da Cooperativa Central da Reforma Agrária (CCA), reforma o objetivo central da atividade: "A gente está aqui porque ainda, num país como o Brasil que tem muita alimentação, tem milhares de pessoas que passam fome".

Segundo um relatório da ONU publicado em julho, a insegurança alimentar e a fome aumentaram no mundo. No Brasil, são mais de 70 milhões de pessoas afetadas por essa realidade: 21 milhões de pessoas que não têm o que comer todos os dias e 70,3 milhões estão em insegurança alimentar. São 10 milhões de pessoas desnutridas no país.

O aumento da fome ocorre em um período de recordes da produção de commodities agrícolas, o que aponta para a inviabilidade do modelo de produção agrícola baseado no agronegócio.

Rosângela Lima, militante do Fort,  relatou a organização das comunidades para garantir cozinhas comunitárias na ocupação Britanite, do Tatuquara, e da Vila Pantanal, ambas em Curitiba. Ela conta que somente na Britanite são mais de 200 crianças e 20 gestantes, que recebem as marmitas. "Se a nossa cozinha está ali é porque teve pessoas como vocês [de movimento populares] que ajudaram", relatou,

Participaram da atividade a superintendente da Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Paraná, Leila Klein; o superintendente Regional do Paraná da Conab, Valmor Luiz Bordin; o superintendente do Incra-PR, Nilton Bezerra Guedes, o deputado estadual Professor Lemos (PT), e representantes de outros mandatos parlamentares.

Estiveram presentes representantes das cooperativas da Reforma Agrária TERRA LIVRE, Lapa; COANA, Querência do Norte; COPAVI, Paranacity; COCAVI, Jardim Alegre; COPRAN, Arapongas; COPRAUF, Ortigueira; COORMATE, Santa Maria do Oeste.

Edição: Ana Carolina Caldas