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Coluna

A construção de uma sociedade socialista pelos trabalhadores

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Fidel Castro, comandante em chefe da Revolução Cubana assina a Primeira Lei da Reforma Agrária - Divulgação
A meta seria produzir de acordo com as necessidades da população

Ao longo da história trabalhadores foram entendendo que a raiz de todos os problemas estava no funcionamento da sociedade, que se divide entre explorados e exploradores.
Essa relação demonstrava que tudo que era produzido de forma coletiva pelos trabalhadores se concentrava apenas nas mãos dos patrões.
Mas tudo na vida muda, vamos percebendo as coisas e aprendendo que é necessário lutar pra transformar essa realidade.
A partir dessas reflexões, surgiu a proposta de construir uma sociedade socialista, que é governada de acordo com os interesses e as necessidades da maioria, que são os trabalhadores. Aqui os meios de produção (fábricas, máquinas, terras...) deixam de ser propriedade particular e passam a ser controladas por quem trabalha nela, sendo os trabalhadores os que decidem sobre sua distribuição.
O objetivo final mudaria com essa nova sociedade, que antes procurava o lucro, e hoje a meta seria produzir de acordo com as necessidades da população.
No século passado, um cara chamado Karl Marx dizia que, pra essa sociedade acontecer, haveriam fases. Primeiro eles deveriam se organizar pra conquistar o poder político, o Estado. Nessa etapa as classes sociais ainda existiriam, mas o Estado teria o papel de enfraquecer as classes dominantes para diminuir as desigualdades econômicas. Em seguida, com a garantia do pleno emprego, todos deveriam trabalhar recebendo de acordo com suas necessidades. Deixariam de existir as classes sociais, e aos poucos o Estado deixaria de existir.
Em 1917, aconteceu a primeira Revolução dos trabalhadores, iniciando a construção da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Em 1945 venceu o socialismo na Coreia do Norte, Albânia e Vietnã (região norte). Países como Alemanha Oriental, Polônia, Hungria, Bulgária e Romênia na luta contra o nazismo, retomava a reconstrução do país sob orientação socialista. Em 1949, a Revolução Chinesa. Em 1959, a Revolução Cubana. Em 1975, Guiné Bassau, Angola e Moçambique davam fim à dominação portuguesa, andando rumo ao socialismo. Em 1979, a Revolução Sandinista trouxe novas e criativas formas de construir o socialismo na América Latina (CEPIS, 2011).
Em síntese, é claro que cada sociedade funciona de uma forma diferente e isso demanda que nós trabalhadores pensemos o caminho mais adequado pra construir o socialismo segundo as nossas próprias raízes, resgatando os erros e acertos daqueles que empenharam energia, criatividade e solidariedade rumando para uma sociedade mais justa.

REFERÊNCIA:
Centro de Educação Popular do Instituto Sedes (CEPIS). História da Sociedade. São Paulo, abril de 2011.

Edição: Pedro Carrano