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Deputados paranaenses pedem apoio de Haddad contra privatização da COPEL

Além dos parlamentares, também representantes de entidades e sindicatos participaram da reunião no Ministério da Fazenda

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Comitiva paranaense discute privatização da Copel com ministro Haddad - Diogo Zacarias

Parlamentares e representantes de entidades e movimentos sociais paranaenses participaram nesta quarta, 14/06, de uma reunião com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para pedir apoio contra a privatização da Copel. Além da deputada federal  Gleisi Hoffmann (PT-PR) participaram também   o deputado estadual Arilson Chiorato (PT), que é coordenador da Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas, os deputados federais Tadeu Veneri, Elton Welter e Carol Dartora, e os deputados estaduais  Requião Filho (PT) e Renato Freitas (PT). 

Para a deputada Gleisi, a geração de energia é fundamental e tem que ser pública. “A Copel foi construída com dinheiro público e pertence aos paranaenses. Não podemos permitir que aconteça no Paraná o que aconteceu com a Eletrobras. Vocês estão vendo a luta do presidente Lula pra recuperar a empresa para o Estado Brasileiro. A geração de energia não pode ficar com o interesse privado”, frisou. “Não podemos entregar um bem tão importante, como a geração de energia ao setor privado. Quem vai pagar a conta é a população paranaense que sofrerá com o aumento das tarifas. Não faz sentido vender a maior empresa pública do Paraná que tanto contribui com o desenvolvimento do nosso estado”, destacou Gleisi.

O deputado Arilson fez uma avaliação positiva da agenda.  “Apresentamos ao ministro Fernando Haddad documentos que apontam diversas infrações cometidas pela Copel no processo de privatização. Também debatemos os impactos da privatização para o governo federal, uma vez que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é o segundo maior acionista da Copel depois do Estado do Paraná”, comentou. Entre os pontos apresentados e discutidos com o ministro Haddad estão os erros e irregularidades praticados pelo Copel junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como a compra de quase R$ 1 milhão em ações pelo diretor financeiro da Copel e provável dívida de R$ 3,2 bilhões, que foi denunciada, nesta quarta-feira, pela imprensa.  

Também estavam presentes o Sindicato dos Engenheiros no Paraná (Senge), o Movimento Soberania Nacional, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Carambeí e Região, Central Única dos Trabalhadores Paraná, Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniências em Postos de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba, Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná, Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e Sindicato dos Bancários.

 

Edição: Ana Carolina Caldas