Paraná

EX-DEPUTADO

OPINIÃO. Dallagnol é aconselhado a fugir do Brasil

O prejuízo foi calculado em R$ 2,8 milhões pelo pagamento de diárias e passagens à força-tarefa da Lava Jato

São Paulo (SP) |
E mais, o Batman ganhou apoio de seu Robin, Deltan Dallagnol, que abandonou o MPF para entrar na vida política, confirmando que a força-tarefa era mesmo um partido - Edilson Dantas

Cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abandonado por seus pares na Câmara Federal e rejeitado pelas ruas – com manifestações pífias de solidariedade –, o ex-deputado Deltan Dallagnol agora é aconselhado a fugir do Brasil. Quem sugeriu a fuga foi o seu amigo “pastor” e parlamentar Marco Feliciano (PL-SP), que ficou comovido após assistir um vídeo deprimente do procurador do “powerpoint na Lava Jato”.
No vídeo citado, Deltan Dallagnol critica a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, no dia 7, rejeitou seu recurso contra decisão do Tribunal de Contas da União. O TCU o havia condenado pelo pagamento de diárias, passagens e gratificações à força-tarefa da Lava-Jato no Paraná. O prejuízo foi calculado em R$ 2,8 milhões. O ex-herói da mídia golpista terá agora que devolver essa grana aos cofres públicos.
Apesar do conselho, o deputado cassado ainda não decidiu se vai fugir do país. Segundo postagem de Juliana Dal Piva no site UOL, “Deltan Dallagnol (Podemos-PR) avalia convites de empresários e ainda duas propostas de partidos políticos. O Podemos ofereceu uma função remunerada no partido... Outro partido também fez uma proposta para troca de legenda que incluiu uma oferta de salário igual ao que ele recebia como deputado e ainda a manutenção de sua equipe... A questão central para a Deltan é financeira e deve ser determinante na escolha pelos próximos passos”.
O ex-chefão da Lava Jato “gosta muito de dinheiro”, como afirmou recentemente o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os integrantes daquela midiática operação. A ambição resultou em várias ações custosas para os cofres públicos. Daí a decisão do STJ, por seis votos a cinco, de manter a condenação de Deltan Dallagnol no TCU e obrigá-lo a ressarcir os valores gastos indevidamente com diárias e passagens aéreas quando atuava na força-tarefa da Lava Jato.


*Jornalista do Blog do Miro e integrante do Centro de Estudos Barão de Itararé

*As opiniões expressas nesse texto são de responsabilidade do autor e não representam necessariamente a posição do jornal Brasil de Fato.

Edição: Pedro Carrano