Paraná

CPI DO MST

EDITORIAL 305. MST é cada vez mais necessário para a democracia, acesso à terra e direitos

Ricardo Salles foi eleito pelos movimentos ambientalistas como um dos piores ministros do Meio Ambiente no Brasil

Curitiba (PR) |
Pela quinta vez, o movimento continua a mostrar sua legitimidade e organização - Matheus Alves

Como tentativa de criminalizar as lutas sociais por terra, pão e justiça e dar palco à bancada ruralista da Câmara dos Deputados, a CPI do MST afunda em ódio e fake news no Congresso Nacional.

Em vez de focar nos verdadeiros responsáveis pelo desmatamento, grilagem de terras e contaminação ambiental, a CPI direciona suas investigações de forma questionável e controversa. O relator Ricardo Salles foi eleito pelos movimentos ambientalistas como um dos piores Ministros do Meio Ambiente no Brasil, por deixar “passar a boiada” para beneficiar desmatadores e grileiros e durante a CPI chegou a orientar testemunhas, evidenciando sua parcialidade e direcionamento nas supostas investigações.

Essa não é a primeira vez que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) enfrenta uma CPI. Pela quinta vez, o movimento continua a mostrar sua legitimidade e organização em prol da democracia e da reforma agrária, buscando a distribuição de terras para a produção de alimentos saudáveis, o que é fundamental para a segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro.

Se não houvesse o MST talvez fosse ainda pior a irrisória parcela de 1% de proprietários deter mais de 50% das terras agrícolas. Esse movimento popular é vital para a soberania, para a democracia e para a efetivação dos direitos sociais e fundamentais no país.

Edição: Pedro Carrano