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Coluna Elas por Ela | Não são casos isolados

Racismo persistente: Vinícius Junior e Ludmila enfrentam desafios na Espanha

Curitiba (PR) |
Coluna publicada na edição 302 do tabloide Brasil de Fato Paraná - Foto: divulgação

Vinícius Junior é gigante. O jogador de 22 anos fez um dos atos mais corajosos da história do futebol no último jogo entre Real Madrid e Valencia. Dirigiu-se até a torcida e apontou diretamente para os racistas que o estavam xingando. Contudo, é extremamente cruel o que ele tem passado na Espanha e que precise fazer isso. Para completar o absurdo, ainda levou cartão vermelho – anulado dias depois – recordando que na estrutura racista o negro não pode nem se revoltar. O próprio Vinícius deixou claro: não são casos isolados. E sabemos que não, a Espanha é racista. Não só, vale lembrar. Quando jogava no Brasil, Vini também sofreu atos racistas. Essa coluna é sobre mulheres, mas impossível não falar disso. Inclusive, porque me lembrou muito das vivências de Ludmila na mesma Espanha. A jogadora do Atlético de Madrid já contou inúmeras vezes em que sofreu racismo. Cito aqui o brilhante texto de Júlia Belas para o UOL: “Os racistas não merecem espaço no futebol”. Em nenhum lugar. E as punições são mais do que necessárias, um dos passos a serem tomados. De resto, a nós brancos cabe lutar contra o pacto da branquitude e agir para tornar o futebol um espaço antirracista.

Edição: Lucas Botelho