Paraná

EDIÇÃO ESPECIAL

EDITORIAL 300. Eletrobras e Copel para o povo!

A energia, e em particular a eletricidade, pode ser importante instrumento de indução do desenvolvimento

Curitiba (PR) |
No caso da Copel, o processo de privatização segue o mesmo modelo do aplicado na Eletrobras - Foto: Marcello Casal | ABr

Em meio ao processo de resistência de setores da sociedade paranaense, na tentativa de impedir a privatização da Copel, o presidente Lula declarou, em Londres, que o governo vai contestar os termos da privatização da Eletrobras.

Lula disse não concordar que a União tenha 43% das ações da companhia e que fique limitada a, no máximo, 10% do poder de voto. Além disso, um mecanismo obriga o governo federal a pagar um preço cinco vezes maior por ação, caso opte por recomprá-las –, o que também é contestado.

No caso da Copel, o processo de privatização segue o mesmo modelo do aplicado na Eletrobras. O governo do Paraná, mesmo sendo sócio majoritário da companhia, terá, no limite, 10% das ações de voto da empresa.

Além disso, com a privatização, a Copel deverá se desfazer de ativos importantes, como as hidrelétricas de Foz do Areia (a maior usina do Rio Iguaçu) e Salto Caxias. Cabe destacar que estas usinas estão com seus custos de investimento amortizados.

A energia, e em particular a eletricidade, pode ser importante instrumento de indução do desenvolvimento. Seja numa estratégia de industrialização, de diminuição do orçamento doméstico, do custo de vida ou mesmo de desenvolvimento regional.

Infelizmente, o governo Ratinho Junior opta por seguir na contramão, entregando patrimônio público construído com décadas de esforço de toda sociedade. A resistência deve aumentar!

Edição: Pedro Carrano e Frédi Vasconcelos