Na tarde desta terça-feira (18), movimentos populares reafirmaram a aliança Campo e Cidade em uma audiência de negociação da articulação Despejo Zero, no Palácio das Araucárias, em Curitiba.
A audiência fez parte das iniciativas da semana "Jornada de Lutas pela Reforma Agrária no Paraná", que mobiliza mais de 500 militantes para apresentar e debater as pautas do Campo e da Cidade.
Esta é a quinta audiência realizada pela articulação Despejo Zero em Curitiba, e pela primeira vez contou com a participação de um representante do Ministério das Cidades, por meio do assessor da Secretaria Nacional de Habitação Rui Pires. Segundo o Pires, além da recriação do Ministério das Cidades, o orçamento previsto para este ano é de cerca de R$ 9,5 bilhões para habitações rurais e urbanas.
Houve participação significativa dos movimentos e suas representatividades, com relatos da realidade vivida nas comunidades, e as necessidades emergenciais para atender as famílias, como a suspensão dos despejos de forma imediata.
Bruna Zimpel, integrante da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pelo Paraná e acampada na comunidade Terra Livre, de Clevelândia, reforçou a necessidade do avanço na regularização das áreas urbanas e rurais.
"A gente vive um cenário de muitos desafios, mas também de muitas possibilidades. O que precisamos é que a questão da terra e da moradia sejam tratadas com políticas públicas e não como caso de polícia”.
Também participaram da audiência o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-PR), Nilton Guedes; superintendente Geral de Diálogo e Interação Social do governo do estado (SUDIS), Roland Rutyna; João Vitor, Defensor Público do estado; deputados estaduais Professor Lemos (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, e Ana Julia (PT); as vereadoras de Curitiba Giorgia Prates (PT), presidenta da comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores, e Professora Josete (PT).
Estavam presentes dezenas de comunidades urbanas e integrantes do Movimento Popular por Moradia (MPM), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), União de Moradores e Trabalhadores (UMT); Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), e movimento indígena.
Edição: Lia Bianchini