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Soberania e Plurinacionalidade: Natureza X Cultura e a fronteira da “Humanidade”

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Itamar Assumpção posa com a camisa da ala ‘Quem sabe pode’ na quadra da escola de samba Nenê da Vila Matilde, 1985 - Oscar Barros / Divulgação itamarassumpcao.com
estamos no momento histórico de “vai ou racha”

“Eu nasci e vivo no Brasil”, Adeus Pantanal faixa do álbum Intercontinental! Quem diria! Era só o que faltava!!! de Itamar Assumpção lançado em 1988, narra a ida do brasileiro ao Pantanal que não encontrou a fauna e flora que esperava, “Eu fui pra ver, não vi, que decepção senti. Vi quase nada”.

A escalada de eventos climáticos severos ao redor do planeta coloca em pauta a questão ambiental e a crise climática, no epicentro do debate o Brasil detém biomas mais diversos e a responsabilidade de propor e agir dentro de um sistema de exploração irresponsável dos recursos naturais. Se de um lado vemos medidas históricas como a criação do Ministério dos Povos Indígenas e a nomeação de Joênia Wapichana na presidência da FUNAI ainda têm um longo caminho a trilhar na tomada de ações efetivas para a preservação da natureza e das múltiplas manifestações politico-culturais brasileiras que são em síntese dissidência e resistência à Colonização. O Pantanal, a Amazônia e a Mata Atlântica compõem a fronteira entre a humanidade e a Queda do Céu. Como profetiza Itamar em 88, que não viu o “tiê, chué, uiruuté” estamos no momento histórico de “vai ou racha”, no caso da natureza, a humanidade também esta em risco.

Adeus Pantanal – Itamar Assumpção, 1988.
A queda do céu - Bruce Albert, Davi Kopenawa Yanomami, 2010.

Edição: Lucas Botelho