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OPINIÃO BDF PARANÁ

EDITORIAL 292 | O jogo virou na luta pela revogação do novo ensino médio

A palavra de ordem Revoga Já! ecoou então como um resumo das lutas recentes

Curitiba (PR) |
O 15 de março fica marcado como dia de forte mobilização social em defesa da escola pública e do direito dos trabalhadores a aprender conhecimentos científicos - Foto: Ana Keil / Equipe de Comunicação do Levante Popular da Juventude

A ausência de argumentos em favor do novo modelo de Ensino Médio no país já era evidente desde que se iniciaram as especulações sobre a linha que seria adotada pelo novo Ministério da Educação (MEC), no começo de 2023.

Agora, com a mobilização de estudantes e educadores em mais de 100 cidades do Brasil, fica nítido o equívoco se for seguida essa política, ainda que se procure usar estratégias enganosas de “reestruturação” ou “reforma da reforma”.

O 15 de março fica marcado como dia de forte mobilização social em defesa da escola pública e do direito dos trabalhadores a aprender conhecimentos científicos. A palavra de ordem Revoga Já! ecoou então como um resumo das lutas recentes contra o obscurantismo e o neoliberalismo presente nas políticas adotadas após o golpe de 2016, pelos governos Temer e, depois, Bolsonaro.

Agora, o recado de estudantes e educadores está vinculado à expectativa que se criou a partir da eleição de um governo progressista, capaz de enfrentar o neofascismo representado por Bolsonaro.

Portanto, é preciso revogar as leis antidemocráticas e antipopulares aprovadas no período anterior.

Porém, no campo da Educação, o atual Ministério compôs um grupo de trabalho que não contempla as entidades educacionais, não convocou o Fórum Nacional de Educação e ainda publicou uma portaria com calendário de implementação do Novo Ensino Médio.

A partir das atuais lutas, as forças de esquerda, movimento popular e movimento da Educação têm a tarefa de elaborar uma proposta unitária, alternativa e popular. Que o governo ouça todas essas vozes.

Edição: Pedro Carrano