Paraná

PROBLEMAS COTIDIANOS

Promotoria de Justiça das Comunidades do Ministério Público visita ocupação Britanite

Entre os principais problemas citados, a falta de vagas escolares nas redes estadual e municipal para 58 jovens ao todo

Curitiba (PR) |
Já havia o interesse da comunidade, localizada no Tatuquara desde dezembro de 2020, de debater, além da questão fundiária, os problemas cotidianos da população - Pedro Carrano

No dia 23 (quinta), a ocupação Britanite, que tem 407 famílias, recebeu a visita da Fundação de Ação Social (FAS) e da Promotoria das Comunidades do Ministério Público, na figura do promotor Régis Vicente Sartori e equipe.  

Já havia o interesse da comunidade, localizada no Tatuquara desde dezembro de 2020, de debater, além da questão fundiária, os problemas cotidianos da população. E a Promotoria tem como orientação fazer o acompanhamento das comunidades.

Na vila, os principais problemas citados foram a questão de documentação para os cerca de 100 moradores estrangeiros, a coleta de resíduos sólidos na comunidade, e, principalmente, o problema das vagas escolares nas redes estadual e municipal, uma vez que as pessoas mudaram para nova região e muitas não conseguiram matricular os filhos.

“Temos o questionamento das próprias crianças sobre por que algumas crianças vão à escola e outras não. É uma situação que precisa ser mudada”, afirma Rosângela Lima, uma das coordenadoras locais.

São, ao todo, de acordo com o mapeamento da coordenação da Britanite, 36 jovens sem vagas na rede estadual e 22 crianças aguardando vaga na rede municipal.

A Promotoria se comprometeu a intervir nesses temas. Deixou agendado um retorno para o dia 30 de março e sinalizou interesse em acompanhar também a situação de outras áreas de ocupação articuladas no Despejo Zero.


Promotoria é voltada a oferecer diretamente ao cidadão os serviços institucionais, buscando sanar questões que têm impacto direto na vida das pessoas / Pedro Carrano

Função

No site da promotoria, há uma explicação sobre o seu papel: Surgida da iniciativa do Ministério Público do Paraná, em 1998, a Promotoria de Justiça das Comunidades “é voltada a oferecer diretamente ao cidadão os serviços institucionais, buscando sanar questões que têm impacto direto na vida das pessoas, como, por exemplo, problemas como iluminação pública insuficiente, necessidade de reformas em escolas, vias intransitáveis, ruas sem sinalização e muitos outros”.

Edição: Pedro Carrano