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PT, 43 anos, feito para defender o povo trabalhador

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"O PT precisa combinar o apoio institucional ao governo da “Frente Ampla” com a pressão de massa" - Divulgação
O PT é mais uma façanha histórica da classe trabalhadora brasileira

O Partido dos Trabalhadores (PT) completa 43 anos nesta sexta-feira (10), um momento de celebração e reflexão para o maior partido de esquerda da América Latina. Uma trajetória que foi forjada nas lutas do povo trabalhador por democracia, direitos sociais e econômicos. É a marca do partido, e também a vocação, defender a classe trabalhadora e o povo pobre do Brasil.

Nestes 43 anos, o PT teve uma presença marcante e decisiva nos diversos embates do povo brasileiro por uma vida digna, com justiça e inclusão social, enfrentando os poderes das classes dominantes, a perversa herança escravista e autoritária — que ainda moldam o estado brasileiro.

A construção original do PT, que reuniu o sindicalismo combativo dos anos 70, marxistas de diversos matizes e milhões de lutadores sociais, garantiu o continuado protagonismo político, o prestígio eleitoral e a capilaridade de um partido de massas nacionalmente organizado. O PT é mais uma façanha histórica da classe trabalhadora brasileira.

Ao longo de mais de quatro décadas acumulamos vitórias e duras derrotas. O PT sofreu e sofre o ataque sistemático dos inimigos do povo trabalhador, o ódio de classe dos que se julgam donos do país.

O PT, ao mesmo tempo, viveu e vive toda sorte de pressões para abrir mão de seus princípios fundadores. É um desafio presente em cada jornada na trajetória do partido. Ilusões institucionais, acomodação ao parlamentarismo burguês, convivem com a saudável e combativa militância popular do partido. Os militantes e apoiadores do PT em cada território e segmento de atuação são as antenas de referência e as nossas raízes mais profundas.

Nos últimos anos, enfrentamos uma campanha odiosa contra o PT, que tinha por objetivo a destruição e a desmoralização política-ideológica do partido aos olhos do povo trabalhador. Instrumentos persecutórios como a Ação Penal 470, que prendeu parte da direção histórica do partido, a operação Lava Jato, o golpe contra o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff e a prisão de Lula foram parte dessa ofensiva criminosa. Resistimos!

Em 2022, nas eleições presidenciais, enfrentamos e vencemos o fascismo na disputa eleitoral, mas a extrema-direita bolsonarista, o empresariado neoliberal e a casta militar travam uma acirrada disputa política contra o novo mandato de Lula — sabotam o governo e operam tentativas golpistas como a de 8 de janeiro nos ataques às sedes dos três poderes, em Brasília.

A derrota do bolsonarismo e do neoliberalismo exige a mobilização popular. O PT precisa combinar o apoio institucional ao governo da “Frente Ampla” com a pressão de massa, por baixo, contribuindo para a auto-organização do povo. A experiência dos comitês populares durante as eleições de 2022 é um ponto de partida nesse processo. E somente o povo mobilizado nas ruas é capaz de defender os direitos democráticos. Só o povo salva o próprio povo.

O PT tem pela frente novos e imensos desafios para ajudar o governo do presidente Lula na tarefa de reconstruir o país, consolidar uma democracia mais participativa, assegurar um novo curso econômico de inclusão social e desenvolvimento e contribuir para a integração da América Latina.

Viva o PT!

*Milton Alves é jornalista e colabora em diversas mídias progressistas e de esquerda. É o autor dos livros ‘A Política Além da Notícia e a Guerra Declarada Contra Lula e o PT’ (2019), ‘A Saída é pela Esquerda’ (2020), ‘Lava Jato, uma conspiração contra o Brasil’ (2021) e de ‘Brasil Sem Máscara – o governo Bolsonaro e a destruição do país‘ (2022) — todos pela Kotter Editorial. É militante do Partido dos Trabalhadores (PT), em Curitiba.

**As opiniões expressas nesse texto não representam necessariamente a posição do jornal Brasil de Fato.

Edição: Lia Bianchini