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Deputado paranaense dialoga com novo governo para barrar a privatização da COPEL

O projeto de lei que propõe a privatização da Companhia Paranaense de Energia foi aprovado pela Alep em novembro de 2022

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Movimentos sociais e sindicatos se mobilizaram, no fim de 2022, contra a privatização da Copel - Reprodução / Senge-PR

O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) foi à Brasilia para tentar barrar o processo de privatização da COPEL.  Embora o projeto enviado pelo Governador Ratinho JR autorizando a privatização tenha sido aprovado pelos deputados no fim do ano passado, o parlamentar acredita que o novo governo, contrário às privatizações, possa reverter o processo. 

O governador Ratinho Junior pretende vender a empresa dos paranaenses que teve, só no ano passado, receita operacional líquida de R$ 5,45 bilhões até o terceiro bimestre. A venda se daria pela perda do controle acionário das ações ON. O estado detém 69,7%, sendo sócio majoritário. A intenção é ficar com apenas 10%. Com isso, o Paraná perde o controle sobre a empresa e seus rumos estratégicos.

Por outro lado, o BNDESPAR é o segundo maior acionista individual, com cerca de 12,4% das ações. Mas, se a venda for para frente, seria obrigado a ficar com apenas 10%. Esse é um dos assuntos tratados pelo deputado em sua visita ao banco de desenvolvimento. Segundo Chiorato, sua primeira agenda foi no BNDES, para protocolar uma petição, informando sobre as tratativas de privatização da estatal e dos prejuízos que isso traria à União e ao povo do Paraná”, informou.


Deputado Arilson Chiorato (PT) foi à Brasília solicitar apoio do novo governo para reverter privatização da Copel / Divulgação

Mais tarde, o deputado visitou a Advocacia Geral da União (AGU). A lei aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná ocorreu em regime de urgência e sem ouvir especialistas e envolvidos no processo, como a ANEEL e os trabalhadores. Segundo o deputado, “precisamos corrigir as barbaridades feitas pelo Governo do Estado. Não podemos permitir a venda da Copel. Eu saio daqui otimista, porque os elementos entregues e a conversa com o consultor geral da AGU, André Dantas, mostra elementos contundentes”, pontuou.

PDV condicionado

No último dia 19 de janeiro, os funcionários da Copel aprovaram no Acordo Coletivo de Trabalho uma cláusula que trata de demissões até 2027. O item abrange indenização aos trabalhadores diante da possibilidade de um novo controlador majoritário da companhia. No entanto, a cláusula prevê que uma vez não se concretizando a privatização, o PDV estendido está automaticamente cancelado. A previsão da Copel é que as ações sejam colocadas na Bolsa de Valores em outubro deste ano.

 

Edição: Ana Carolina Caldas